São Paulo, sábado, 20 de fevereiro de 2010

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A palavra de Elton

Em mais um capítulo da história de provocações do pop à Igreja, cantor diz que Jesus Cristo era gay

Efe


FERNANDA MENA
THIAGO NEY

DA REPORTAGEM LOCAL Ativista gay, o cantor Elton John desencadeou uma nova polêmica envolvendo religião ao afirmar que Jesus Cristo era "um gay superinteligente que entendia os problemas humanos". E completou: "Jesus queria que nós amássemos e perdoássemos. Não sei o que faz as pessoas serem tão cruéis. Tente ser uma lésbica no Oriente Médio -é melhor estar morta".
A declaração foi dada à revista norte-americana "Parade", que sai aos domingos, distribuída em mais de 400 jornais dos EUA e que tem circulação em torno de 32 milhões de exemplares. Uma parte da entrevista foi publicada ontem no site da revista (www.parade.com).
Religiosos e acadêmicos comentaram as posições do cantor britânico.
Não é a primeira vez que sir Elton Hercules John, 62, entra em choque com religiões.
Em entrevista ao jornal britânico "The Observer", em novembro de 2006, ele afirmou que as religiões deveriam ser "banidas": "As religiões sempre tentaram atrair o ódio para os homossexuais. Eu proibiria completamente as religiões, mesmo com as coisas maravilhosas que elas possuem".
"Eu amo a ideia dos ensinamentos de Jesus Cristo, (...) mas a realidade é que as religiões organizadas não funcionam. Levam as pessoas ao ódio e não são misericordiosas."
Conflitos envolvendo artistas pop e religião não são novidade. Talvez o caso mais emblemático da música é a declaração "Os Beatles são maiores do que Jesus Cristo", dada por John Lennon em março de 1966 ao "Evening Standard". A história passou em branco no Reino Unido, mas foi resgatada por uma pequena revista norte-americana, quatro meses depois, e então a polêmica ganhou o mundo -o Vaticano perdoou Lennon em 2008.


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