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Jesus é alvo recorrente em polêmicas pop
Madonna dançou com Jesus negro e Sinead O"Connor rasgou foto de papa João Paulo em programa de TV
Cônego afirma que "os homossexuais devem ser respeitados, mas que é absurdo tentar justificar isso na figura de Jesus Cristo"
DA REPORTAGEM LOCAL
Referências a Jesus Cristo
são corriqueiras e controversas
no universo pop. Madonna
comprou briga com a Igreja Católica ao dançar sensualmente
com um Jesus negro no clipe de
"Like a Prayer". Já a irlandesa
Sinead O"Connor foi banida da
TV americana quando se apresentou no programa "Saturday
Night Live", em 1992, e rasgou
uma foto do papa João Paulo
2º, dizendo: "Lute contra o verdadeiro inimigo".
Agora é a vez de Elton John
colher críticas e apoio por conta de sua declaração polêmica.
"Ele claramente quis impactar. Não precisa aparecer e tem
compromisso com a causa", diz
André Fischer, diretor do portal GLS. "Por outro lado, qual
seria o problema se Jesus fosse
gay? Ele seria menos filho de
Deus por isso?", desafia.
Regina Soares, doutora em
ciências da religião pela PUC,
avalia que o cantor usou a frase
"como elemento de legitimização da homossexualidade".
Para Cônego Severino Martins, da paróquia de Assunção
de Nossa Senhora, "os homossexuais devem ser respeitados,
amados e ter seus direitos respeitados. Mas é um absurdo e
uma loucura tentar justificar
isso na figura de Jesus Cristo."
O Evangelho de São João, capítulo 13, versículo 23, descreve
os momentos que antecedem
cena imortalizada por Leonardo Da Vinci em "Última Ceia".
Nele, São João Evangelista é
identificado como o discípulo
de Jesus "a quem ele amava".
Em seguida, João reclina a cabeça sobre o peito de Jesus. "A
cena pode insinuar algo. Para
Antonio Flávio Pierucci, professor de sociologia das religiões na USP, "para quem tem
malícia ou imaginação, está aí
um prato cheio."
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