São Paulo, terça-feira, 20 de março de 2001

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TEATRO

Peça mais recente do dramaturgo Pedro Vicente participa hoje de ciclo promovido pela Folha

"O Gênio da Mídia" critica vampirismo da TV

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma televisão vampira, que se alimenta de cérebros humanos ou congêneres, ganha status de personagem em "O Gênio da Mídia", texto mais recente do dramaturgo, ator e roteirista Pedro Vicente. A peça participa hoje do ciclo "Leituras de Teatro", promovido pela Folha em seu auditório.
Sem abrir mão do invólucro do tubo catódico, o aparelho de TV (Cláudia Schapira) carrega na tinta absurda: fala, pensa e exerce poder de persuasão avassalador sob seus interlocutores, o publicitário desempregado Marcelo (Gustavo Machado), a atriz de comerciais de TV Diana (Jerusa Franco) e o traficante amador Abismo (Mário Bortolotto).
O gênio em questão barganha o sucesso das presas preferenciais (o publicitário e a atriz) em troca de cérebros e sangue frescos.
"A peça critica o modo inescrupuloso com o qual a televisão é feita no país, a preocupação direta apenas com o lucro, com a forma de chamar a atenção por meio da violência, da baixaria, do mau gosto", afirma Vicente, 34.
O texto, no entanto, também ressalva os aspectos positivos da televisão, segundo o dramaturgo, como a contrastar com a preponderância da "realidade forjada a todo instante".
A discussão em torno da massificação provocada pelo "império eletrônico" é tema recorrente na obra de Vicente, como se viu nas montagens de "PrOmisQuidade" (1997) e "Disk Ofensa Linha Vermelha" (1998).
O evento acontece às 19h30, no auditório da Folha (al. Barão de Limeira, 425, 9º andar). A entrada é franca. Os interessados em comparecer devem fazer reservas, das 14h às 17h, pelo telefone 0/xx/11/ 3224-3473. (VALMIR SANTOS)



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