São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Curitiba atrasa pagamento dos cachês

DA REPORTAGEM LOCAL

Há três semanas, a Cia. Central do Circo recebeu a outra metade do seu cachê por duas sessões de "Fantasmas", espetáculo que abriu a edição de 2001. "O Provocador@", de e com Antônio Abujamra, teve mais sorte: o pagamento integral aconteceu nove meses depois.
O Festival de Teatro de Curitiba, principal evento privado do gênero no país, atrasou pagamento de artistas e sobretudo de empresas locais que prestaram serviço na edição do ano passado.
"Eu entendo o problema das dívidas do festival, mas havia cerca de 20 artistas do elenco pegando no meu pé", afirma o ator e diretor Rodrigo Matheus, 39, responsável pela concepção de "Fantasmas".
O espetáculo de São Paulo se utiliza da linguagem circense e foi montado exclusivamente para o teatro Ópera de Arame. Matheus não revela o cachê. Na edição deste ano, o pagamento mínimo é de R$ 3.000. "Houve falta de caixa por causa do atraso no repasse do patrocínio da Prefeitura de Curitiba, cerca de R$ 300 mil", afirma o diretor-geral do FTC, Victor Aronis, 40. Normalmente, as companhias recebem o cachê no dia seguinte à última apresentação na cidade.
No mês passado, segundo o jornal paranaense "Gazeta do Povo", a empresa Calvin Entretenimento, responsável pela organização do festival, acumulava, em cinco anos, 44 títulos protestados em cartório (R$ 346 mil).
"Este ano não haverá problemas de caixa", diz Aronis. A 11ª edição é orçada em R$ 1,5 milhão, soma de recursos públicos (prefeitura, Estado) e privados (Itaú, Tim Celulares). Os patrocínios são captados por meio da Lei Rouanet. (VS)



Texto Anterior: Teatro: Circuito de festivais inclui sete cidades
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.