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Curitiba atrasa
pagamento
dos cachês
DA REPORTAGEM LOCAL
Há três semanas, a Cia.
Central do Circo recebeu a
outra metade do seu cachê
por duas sessões de "Fantasmas", espetáculo que abriu a
edição de 2001. "O Provocador@", de e com Antônio
Abujamra, teve mais sorte: o
pagamento integral aconteceu nove meses depois.
O Festival de Teatro de Curitiba, principal evento privado do gênero no país, atrasou pagamento de artistas e
sobretudo de empresas locais que prestaram serviço
na edição do ano passado.
"Eu entendo o problema
das dívidas do festival, mas
havia cerca de 20 artistas do
elenco pegando no meu pé",
afirma o ator e diretor Rodrigo Matheus, 39, responsável pela concepção de
"Fantasmas".
O espetáculo de São Paulo
se utiliza da linguagem circense e foi montado exclusivamente para o teatro Ópera
de Arame. Matheus não revela o cachê. Na edição deste
ano, o pagamento mínimo é
de R$ 3.000. "Houve falta de
caixa por causa do atraso no
repasse do patrocínio da
Prefeitura de Curitiba, cerca
de R$ 300 mil", afirma o diretor-geral do FTC, Victor
Aronis, 40. Normalmente, as
companhias recebem o cachê no dia seguinte à última
apresentação na cidade.
No mês passado, segundo
o jornal paranaense "Gazeta
do Povo", a empresa Calvin
Entretenimento, responsável pela organização do festival, acumulava, em cinco
anos, 44 títulos protestados
em cartório (R$ 346 mil).
"Este ano não haverá problemas de caixa", diz Aronis.
A 11ª edição é orçada em R$
1,5 milhão, soma de recursos
públicos (prefeitura, Estado)
e privados (Itaú, Tim Celulares). Os patrocínios são captados por meio da Lei Rouanet.
(VS)
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