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CHOQUE DE FREQUÊNCIAS
Com dificuldades em manter jornalistas em Bagdá, emissoras formam pool para transmissão
TVs dos EUA se unem para os primeiros momentos
DA REPORTAGEM LOCAL
A dificuldade de manter jornalistas em Bagdá obrigou as principais redes de TV dos Estados Unidos a organizarem um pool de cobertura para os primeiros momentos do confronto.
Dos cerca de 450 profissionais
da imprensa que estavam na cidade na semana passada, metade teve de se retirar nos últimos dias.
Algumas emissoras, entre elas a
NBC e ABC, decidiram voluntariamente solicitar a suas equipes
que deixassem o local, que deverá
ser o principal foco dos bombardeios. Outras, como a Fox News
(que vem sendo chamada de "TV
do Bush" devido à cobertura "nacionalista"), acabaram sendo expulsas pelo governo iraquiano.
Nesse início de conflito, as redes
dos Estados Unidos deverão ter
imagens de Bagdá apenas da
CNN e da CBS, cujos profissionais
ainda permaneciam na cidade até
a manhã de ontem.
A agência de notícias Reuters,
da Inglaterra, também contava
com cerca de 20 pessoas na capital. A maioria, no entanto, reside
no local e foi contratada pela empresa como free-lancer.
Outra inglesa, a BBC mantinha
sete funcionários em Bagdá até
ontem de manhã.
Entre os que permanecem no
país, o clima é de alerta. Se a hostilidade se agravar, poucos deverão
permanecer na cidade. Os correspondentes da árabe Al Jazeera
também permanecem lá. Mas podem voltar à sede da emissora, no
Qatar, em caso de perigo.
A maior parte dos jornalistas
deverá enviar reportagens dos
países vizinhos do Iraque. O principal ponto será o Qatar, onde está o Comando Central dos Estados Unidos. Na região, foi montado até um cenário, avaliado em
US$ 1,2 milhão, equipado com ar
condicionado e telões. Será o lugar em que o general norte-americano Tommy Frank dará entrevistas coletivas.
Brasil
Do Brasil, apenas Globo e Bandeirantes pretendem enviar equipes próprias ao Iraque. Na TV
aberta, a transmissão do conflito
deverá ficar restrita ao programas
jornalísticos, flashes ao vivo e alguns especiais.
As melhores opções para acompanhar a guerra estão na televisão
por assinatura, principalmente
para quem paga os pacotes mais
caros.
Dos brasileiros, os canais de notícias Band News (TVA/DirecTV)
e Globo News (Net/Sky) planejam
exibir notícias do conflito nas 24
horas do dia.
Dentre as principais redes estrangeiras, estão disponíveis no
país a CNN Internacional (em todas as operadoras), Fox News
(apenas na Sky), além da BBC
World (Net, Sky e DirecTV).
A árabe Al Jazeera também poderia ser captada por antena parabólica no Brasil.
Para isso, seria necessária a instalação de um receptor no aparelho de TV, além da compra de um
cartão de assinatura semestral. Os
serviços, no entanto, ainda são
precários.
Com agências internacionais
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