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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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CHOQUE DE FREQUÊNCIAS

Com dificuldades em manter jornalistas em Bagdá, emissoras formam pool para transmissão

TVs dos EUA se unem para os primeiros momentos

DA REPORTAGEM LOCAL

A dificuldade de manter jornalistas em Bagdá obrigou as principais redes de TV dos Estados Unidos a organizarem um pool de cobertura para os primeiros momentos do confronto.
Dos cerca de 450 profissionais da imprensa que estavam na cidade na semana passada, metade teve de se retirar nos últimos dias.
Algumas emissoras, entre elas a NBC e ABC, decidiram voluntariamente solicitar a suas equipes que deixassem o local, que deverá ser o principal foco dos bombardeios. Outras, como a Fox News (que vem sendo chamada de "TV do Bush" devido à cobertura "nacionalista"), acabaram sendo expulsas pelo governo iraquiano.
Nesse início de conflito, as redes dos Estados Unidos deverão ter imagens de Bagdá apenas da CNN e da CBS, cujos profissionais ainda permaneciam na cidade até a manhã de ontem.
A agência de notícias Reuters, da Inglaterra, também contava com cerca de 20 pessoas na capital. A maioria, no entanto, reside no local e foi contratada pela empresa como free-lancer.
Outra inglesa, a BBC mantinha sete funcionários em Bagdá até ontem de manhã.
Entre os que permanecem no país, o clima é de alerta. Se a hostilidade se agravar, poucos deverão permanecer na cidade. Os correspondentes da árabe Al Jazeera também permanecem lá. Mas podem voltar à sede da emissora, no Qatar, em caso de perigo.
A maior parte dos jornalistas deverá enviar reportagens dos países vizinhos do Iraque. O principal ponto será o Qatar, onde está o Comando Central dos Estados Unidos. Na região, foi montado até um cenário, avaliado em US$ 1,2 milhão, equipado com ar condicionado e telões. Será o lugar em que o general norte-americano Tommy Frank dará entrevistas coletivas.

Brasil
Do Brasil, apenas Globo e Bandeirantes pretendem enviar equipes próprias ao Iraque. Na TV aberta, a transmissão do conflito deverá ficar restrita ao programas jornalísticos, flashes ao vivo e alguns especiais.
As melhores opções para acompanhar a guerra estão na televisão por assinatura, principalmente para quem paga os pacotes mais caros.
Dos brasileiros, os canais de notícias Band News (TVA/DirecTV) e Globo News (Net/Sky) planejam exibir notícias do conflito nas 24 horas do dia.
Dentre as principais redes estrangeiras, estão disponíveis no país a CNN Internacional (em todas as operadoras), Fox News (apenas na Sky), além da BBC World (Net, Sky e DirecTV).
A árabe Al Jazeera também poderia ser captada por antena parabólica no Brasil.
Para isso, seria necessária a instalação de um receptor no aparelho de TV, além da compra de um cartão de assinatura semestral. Os serviços, no entanto, ainda são precários.


Com agências internacionais


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