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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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Bosi é favorito para vaga na ABL

SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO

A ABL (Academia Brasileira de Letras) inicia hoje suas atividades de 2003, após recesso de três meses, com a eleição para a cadeira número 12, que pertencia ao cardeal d. Lucas Moreira Neves, morto em 8 de setembro passado.
Quatro pessoas estão inscritas para a vaga deixada pelo acadêmico. O nome mais cotado é o do ensaísta e crítico literário paulista Alfredo Bosi. Ele foi o primeiro a se candidatar à vaga.
Professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, Bosi, além de ganhar a simpatia dos acadêmicos por ter demonstrado interesse em participar da vida da ABL, tem uma caraterística procurada pelos imortais ultimamente: é paulista. Os integrantes da Academia querem mudar a imagem da instituição, criticada por concentrar personalidades do Rio.
A Folha apurou que Bosi já tem os 20 votos necessários para se eleger. Conta com o apoio do presidente da casa, Alberto da Costa e Silva. Foi na casa de Costa e Silva que Bosi marcou o encontro com amigos, acadêmicos e jornalistas para depois do resultado da eleição, por volta das 17h.
Apesar do favoritismo do ensaísta, outro candidato que também teve o apoio de parte dos acadêmicos foi o escritor e roteirista José Louzeiro, autor do romance "Pixote", levado ao cinema.
Além dos dois, correm por fora a escritora Laurita Mourão, que concorre pela segunda vez à vaga na ABL, e a poeta Yeda Octaviano.
Em abril, haverá mais uma eleição, para ocupar a vaga deixada pelo jurista Evandro Lins e Silva, morto em 17 de dezembro. A disputa em torno da cadeira número 1, no entanto, não será tão fácil. Apesar de favorito num primeiro momento, o jurista Fábio Konder Comparato terá que enfrentar três outros candidatos de peso.
Além do professor de Direito da USP, defensor dos direitos humanos e sobrinho de Lins e Silva -parentesco é uma característica que a Academia costuma adotar como critério de escolha-, mais 12 pessoas estão inscritas.
Mas a atenção dos imortais está dividida entre Konder, a escritora de livros infantis Ana Maria Machado, a arqueóloga da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Maria Beltrão e o poeta Antônio Carlos Secchin, cuja candidatura vem ganhando adeptos nas últimas semanas.


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