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Bosi é favorito para vaga na ABL
SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO
A ABL (Academia Brasileira de
Letras) inicia hoje suas atividades
de 2003, após recesso de três meses, com a eleição para a cadeira
número 12, que pertencia ao cardeal d. Lucas Moreira Neves,
morto em 8 de setembro passado.
Quatro pessoas estão inscritas
para a vaga deixada pelo acadêmico. O nome mais cotado é o do
ensaísta e crítico literário paulista
Alfredo Bosi. Ele foi o primeiro a
se candidatar à vaga.
Professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
da USP, Bosi, além de ganhar a
simpatia dos acadêmicos por ter
demonstrado interesse em participar da vida da ABL, tem uma caraterística procurada pelos imortais ultimamente: é paulista. Os
integrantes da Academia querem
mudar a imagem da instituição,
criticada por concentrar personalidades do Rio.
A Folha apurou que Bosi já tem
os 20 votos necessários para se
eleger. Conta com o apoio do presidente da casa, Alberto da Costa e
Silva. Foi na casa de Costa e Silva
que Bosi marcou o encontro com
amigos, acadêmicos e jornalistas
para depois do resultado da eleição, por volta das 17h.
Apesar do favoritismo do ensaísta, outro candidato que também teve o apoio de parte dos acadêmicos foi o escritor e roteirista
José Louzeiro, autor do romance
"Pixote", levado ao cinema.
Além dos dois, correm por fora
a escritora Laurita Mourão, que
concorre pela segunda vez à vaga
na ABL, e a poeta Yeda Octaviano.
Em abril, haverá mais uma eleição, para ocupar a vaga deixada
pelo jurista Evandro Lins e Silva,
morto em 17 de dezembro. A disputa em torno da cadeira número
1, no entanto, não será tão fácil.
Apesar de favorito num primeiro
momento, o jurista Fábio Konder
Comparato terá que enfrentar
três outros candidatos de peso.
Além do professor de Direito da
USP, defensor dos direitos humanos e sobrinho de Lins e Silva
-parentesco é uma característica
que a Academia costuma adotar
como critério de escolha-, mais
12 pessoas estão inscritas.
Mas a atenção dos imortais está
dividida entre Konder, a escritora
de livros infantis Ana Maria Machado, a arqueóloga da UFRJ
(Universidade Federal do Rio de
Janeiro) Maria Beltrão e o poeta
Antônio Carlos Secchin, cuja candidatura vem ganhando adeptos
nas últimas semanas.
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