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"300" só quer ser fiel à HQ, diz
Santoro sobre polêmica com Irã
No Rio para lançar o filme, ator nega intenção de ofender os persas
TEREZA NOVAES
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Rodrigo Santoro teve outro
dia de astro de Hollywood, mas
desta vez em sua própria cidade. "300", filme co-estrelado
por ele, que estréia no próximo
dia 30 no Brasil, ganhou pré-estréia de luxo no Rio, ontem.
A première no Cine Odeon,
no centro, foi antecedida por
uma série de entrevistas, realizadas em suítes do Copacabana
Palace. "300" transpõe para as
telas a "graphic novel" de Frank
Miller "300 de Esparta". Estreou há duas semanas nos
EUA com ótima bilheteria -já
arrecadou US$ 127 milhões.
Muito violento e quase todo
feito em computação gráfica, o
longa narra a batalha de 300 espartanos contra um exército de
milhares de persas, liderados
pelo rei Xerxes, interpretado
pelo brasileiro. O filme causou
polêmica e foi banido do Irã na
semana passada.
"Não tive a intenção de ofender ninguém. Fizemos do filme
uma fantasia, algo fantástico
para que as pessoas não acreditassem que isso é a realidade,
por isso Xerxes é um gigante",
explica Snyder. "Se você mostra as coisas como se elas fossem fatos históricos, as pessoas
passam a achar que foi isso o
que aconteceu." Santoro endossa as palavras do diretor: "A
idéia do filme é reproduzir fielmente a HQ de Frank Miller".
Bem comportado e bastante
articulado, Santoro falou com
entusiasmo sobre o trabalho de
preparação corporal e "interior" para o filme. "Estava filmando a segunda jornada de
"Hoje É Dia de Maria", 11 quilos
mais magro, quando fiz o teste", conta.
Sobre Xerxes, Santoro diz: "É
uma criatura mitólogica, não
um ser humano. É um personagem de história em quadrinhos,
um Deus que tem uma certa
humanidade, mas alguém fora
deste mundo".
Além do trabalho de duas semanas de filmagem, o ator se
dedica agora a divulgação do filme. Ele participou do Festival
de Berlim em fevereiro e desde
então concede entrevistas em
Los Angeles, lugar da primeira
estréia, Nova York e Londres.
"Não podia ser melhor, mas é
cansativo. Já perdi a conta de
quantas entrevistas dei."
Com a atuação em "300" e na
série "Lost" (exibida no Brasil
pela Globo e pelo canal pago
AXN), Santoro já sente o assédio também fora do Brasil.
"Outro dia fui fotografado enquanto estava jantando, logo
depois da estréia do "300", mas
é raro", conta. E ele avisa: Paulo, seu personagem na série, terá finalmente sua história revelada em "flashback" no capítulo
que vai ao ar amanhã nos EUA.
A jornalista TEREZA NOVAES viajou a convite
da Warner Bros Pictures
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