São Paulo, terça-feira, 20 de março de 2007

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"300" só quer ser fiel à HQ, diz Santoro sobre polêmica com Irã

No Rio para lançar o filme, ator nega intenção de ofender os persas

TEREZA NOVAES
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

Rodrigo Santoro teve outro dia de astro de Hollywood, mas desta vez em sua própria cidade. "300", filme co-estrelado por ele, que estréia no próximo dia 30 no Brasil, ganhou pré-estréia de luxo no Rio, ontem.
A première no Cine Odeon, no centro, foi antecedida por uma série de entrevistas, realizadas em suítes do Copacabana Palace. "300" transpõe para as telas a "graphic novel" de Frank Miller "300 de Esparta". Estreou há duas semanas nos EUA com ótima bilheteria -já arrecadou US$ 127 milhões.
Muito violento e quase todo feito em computação gráfica, o longa narra a batalha de 300 espartanos contra um exército de milhares de persas, liderados pelo rei Xerxes, interpretado pelo brasileiro. O filme causou polêmica e foi banido do Irã na semana passada.
"Não tive a intenção de ofender ninguém. Fizemos do filme uma fantasia, algo fantástico para que as pessoas não acreditassem que isso é a realidade, por isso Xerxes é um gigante", explica Snyder. "Se você mostra as coisas como se elas fossem fatos históricos, as pessoas passam a achar que foi isso o que aconteceu." Santoro endossa as palavras do diretor: "A idéia do filme é reproduzir fielmente a HQ de Frank Miller".
Bem comportado e bastante articulado, Santoro falou com entusiasmo sobre o trabalho de preparação corporal e "interior" para o filme. "Estava filmando a segunda jornada de "Hoje É Dia de Maria", 11 quilos mais magro, quando fiz o teste", conta.
Sobre Xerxes, Santoro diz: "É uma criatura mitólogica, não um ser humano. É um personagem de história em quadrinhos, um Deus que tem uma certa humanidade, mas alguém fora deste mundo".
Além do trabalho de duas semanas de filmagem, o ator se dedica agora a divulgação do filme. Ele participou do Festival de Berlim em fevereiro e desde então concede entrevistas em Los Angeles, lugar da primeira estréia, Nova York e Londres.
"Não podia ser melhor, mas é cansativo. Já perdi a conta de quantas entrevistas dei."
Com a atuação em "300" e na série "Lost" (exibida no Brasil pela Globo e pelo canal pago AXN), Santoro já sente o assédio também fora do Brasil.
"Outro dia fui fotografado enquanto estava jantando, logo depois da estréia do "300", mas é raro", conta. E ele avisa: Paulo, seu personagem na série, terá finalmente sua história revelada em "flashback" no capítulo que vai ao ar amanhã nos EUA.


A jornalista TEREZA NOVAES viajou a convite da Warner Bros Pictures


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