São Paulo, sexta-feira, 20 de abril de 2001

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CRÍTICA

"Felt Mountain" hipnotiza da primeira à última faixa

DE PARIS

A contracapa e o encarte de "Felt Mountain" trazem fotos de paisagens montanhosas na Suíça: árvores cobertas de gelo, bruma, floresta fria.
Se fosse imagem, o som do Goldfrapp seria assim. Quem diz é a vocalista, letrista e instrumentista Alison Goldfrapp, a metade feminina do duo.
Desde a primeira nota, "Felt Mountain" parece ter sido feito para acompanhar um filme. Ou, melhor ainda, vários filmes.
O CD abre com "Lovely Head", melodia que daria um bom clima para filme de estrada. A voz suave e afinada de Alison fala de morte enquanto a base, que não utiliza samples nem loops, amontoa sons de cravo, assobios, efeitos.
"Human", a terceira música do disco, lembra o trip hop do Portishead. Só que o Goldfrapp não soa triste. Soa estranho, nem parece ter sido feita por gente deste planeta. "Utopia", a penúltima música do disco, é boa amostra do que é a música do Goldfrapp. Moderna e emocionante como um dramalhão bem amarrado. "Esqueço quem sou quando estou com você." Hipnotizante, Goldfrapp veio para fazer você esquecer até o seu nome. (CA)


Felt Mountain
    
Lançamento: Roadrunner
Preço médio: R$ 22
Na internet: www.feltmountain.com




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