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Skol Beats 2001 traz menos DJs que a edição anterior e vários nomes que já tocaram no país
Quase redondo
Festival começou ontem no Rio, acontece hoje em Curitiba e amanhã tem sua maior etapa em São Paulo
MARCELO NEGROMONTE
DA REDAÇÃO
É como "No Limite": o primeiro
era novidade e foi um sucesso; o
segundo precisava superar as altas expectativas, o que não aconteceu. Pelo menos é o que diz o line-up do Skol Beats deste ano, a
segunda edição do autoproclamado "maior festival de música
eletrônica do país".
O evento faria jus ao epíteto se
trouxesse os maiores DJs do mundo e não apenas fizesse barulho
com anúncios em rede nacional
de TV e infra-estrutura de encher
os olhos. Afinal, o Skol Beats faz
parte do investimento anual de
marketing da AmBev, orçado em
R$ 330 milhões -a produtora
não divulga valores exatos sobre o
festival. Se é tão grande, onde estão Moby, Carl Cox, Fatboy Slim,
Daft Punk?
Também não há, como nos melhores festivais do ramo, um palco
destinado a apresentações ao vivo. O inglês Homelands, o maior
"Skol Beats" do mundo, abriga este ano shows do Orbital e Pulp.
Já é tempo de tratar a música
eletrônica de outra forma que não
simplesmente buscando em seu
exigente público mais consumidores de cerveja.
Tudo continua muito mega, porém com atrações a menos e uma
cidade a mais (Rio, ontem) do que
a primeira edição, em 2000. A versão paulistana (amanhã) apresenta 42 DJs -foram 49 em 2000-,
sendo 12 internacionais e 30 brasileiros, e é a maior etapa do festival, que também acontece em Curitiba (hoje; veja quadro abaixo).
O Skol Beats 2001 também é menos representativo que o anterior,
quando vieram os DJs Westbam,
Green Velvet, Bob Sinclair, Fabio
e Frankie Knuckles. Além disso,
boa parte das atrações internacionais deste ano já tocou uma ou
mais vezes por aqui, como John
Digweed, Ray Keith, Bryan Gee,
Roger Sanchez e Mr. C.
Serão quatro tendas temáticas e
ainda didáticas de 1.500 m2: tecno,
house, drum'n'bass e trance, que
funcionarão das 16h às 9h em SP.
Este ano, a grande atração do
evento é o anglo-canadense Richie Hawtin, um dos nomes mais
respeitados do tecno underground, (mais) conhecido também como Plastikman. Musicalmente é como se Hawtin tivesse
sido criado em Detroit, cidade vizinha ao Canadá de onde vêm
suas raízes, mais especificamente
de DJs pioneiros como Kevin
Saunderson e Derrick May.
Espere tecno minimalista, cerebral e com texturas rítmicas complexas, como no seu último e excelente álbum "Decks, FX & 909".
Ainda na tenda tecno, Mr. C, residente e sócio do clube The End
londrino, e o DJ Rolando, da coletividade engajada e underground
até no nome Underground Resistance, de Detroit, são outros bons
nomes para dançar.
Roger Sanchez e Joe Claussell,
este da dominical Body & Soul, de
Nova York (leia texto ao lado),
são os principais DJs da tenda
house, que ainda destaca a dupla
americana H-Foundation, uma
possível revelação do evento.
Na tenda trance cabe tudo sob a
mesma lona: de John Digweed e
seu progressive ao psy-trance da
dupla alemã X-Dream.
E o fiel público de drum'n'bass
encontrará o que procura com alguns dos bons nomes do gênero,
como Bryan Gee ("descobridor"
de Marky), Ray Keith e os brasileiros Patife e Marky.
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