CRÍTICO DA FOLHA

Das cantinas napolitanas de São Paulo, uma das mais tradicionais é a Speranza, fundada em 1957. Com quase 50 anos, ela saiu do endereço original, mas mantém muito de sua velha identidade: o cardápio original e quase imutável, a mesma família no comando, a informalidade, os preços acessíveis. E até velhas manias, como a de não dividir a pizza margherita. O fundador Antonio Tarallo, hoje com 65 anos, inicialmente servia as pizzas e massas preparadas por sua mãe. As receitas passaram para a terceira geração da família: os filhos dele hoje tocam a casa, cuja matriz se transferiu para o Bixiga (já em 1959), enquanto uma filial foi aberta em Moema 20 anos depois e passa agora por uma reforma.
Grande parte do público procura a Speranza para comer pizzas. Elas são de massa espessa, boas coberturas tradicionais, sendo que a mais cara, por R$ 40, satisfaz muito bem um casal. Mas a Speranza serve também massas e carnes. Dá para fazer a festa com pratos como espaguete à putanesca (com molho de tomate, alice, alcaparras e azeitonas) ou braciola recheada ao sugo. (JM)