São Paulo, segunda-feira, 20 de abril de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"Limite" é um milagre do cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Está num depoimento de Rogério Sganzerla: um país sem cinema, diz ele, é que nem um país sem luz elétrica.
E o Brasil, na virada dos anos 1920/30 era mais ou menos isso: nem cinema nem luz elétrica. De vez em quando, surgia uma exceção, nem se sabe como: os filmes de Humberto Mauro, por exemplo.
Mas "Limite" (Canal Brasil, 0h30, livre) é um pouco diferente, pois não responde a um esforço industrial, mas puramente intelectual.
O que é "Limite"? Difícil responder assim em poucas linhas. Podemos aceitá-lo como um milagre: a poesia de um quase menino, de um Rimbaud cinematográfico, perguntando-se sobre o homem, sua natureza, seu limite.
Soa um pouco pretensioso e, com efeito, é. O filme sofre do tema grandiloquente, embora as imagens, que é o essencial, não sofram com isso. Nada no meio predispunha a um filme como esse. O cinema brasileiro tem, de repente, essas coisas fantásticas.


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