São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007

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Mônica Bergamo

@ - bergamo@folhasp.com.br

com que roupa...

JUDITH GODRÈCHE

Daniel Deme/EFE


Linda, impecável, chique. A francesa Judith Godrèche conseguiu a aprovação quase unânime dos especialistas. "Ela está simplesmente radiante em seu vestido de renda preta", elogiou o jornal "Le Figaro" em seu site. Para o "Le Nouvel Observateur", "ela estava sublime". Os estilistas brasileiros consultados pela coluna também bateram palmas.
 

Gloria Coelho: "Está im-pe-cá-vel! É sexy, transparente, faz a forma do corpo. É meu gosto. É tão sexy que, se tivesse decote ou fosse sem mangas, ela iria parecer uma cantora de hip hop".
 

Lorenzo Merlino: "Gosto de vestido de noite com manga. É curioso que no Brasil as mulheres não gostam de usá-los. É um recurso muito interessante".
 

Reinaldo Lourenço: "Chique, chique, chique! Isso é que é alta costura. Ela está correta, muito elegante e o vestido é incrível. Eu só tiraria o brinco. Jóia, roupa importante, cabelo e maquiagem são um perigo se não forem muito bem dosados".

JULIETTE BINOCHE

Christophe Karaba/EFE


Num Prada preto, Juliette Binoche, que participa da competição com o filme "The Flight of The Red Balloon", estava "correta, com uma bolsa bonita, o vestido bonito e o cabelo bem francês. Está apropriada", na opinião de Gloria Coelho.
 

Lorenzo Merlino acha que a atriz foi pouco criativa. "Está de longo, tomara que caia preto. Não tem muito como errar. Não é uma pessoa que está em forma, ela deixou o tempo passar", diz ele. Reinaldo Lourenço tem opinião semelhante: "É clássica e correta demais para uma atriz. Uma atriz pode se dar ao luxo até de errar mais. Falta atitude".

LIZ HURLEY

Jean-Paul Pelissier/Reuters


A atriz inglesa surgiu "impecável" (de acordo com a "Vogue" espanhola) ao lado de Valentino no tapete vermelho de Cannes. Vestia um clássico do estilista italiano que custa, de acordo com o "Daily Mail", mais de R$ 30 mil.
 

"Valentino é um clássico. Quem usa, nunca erra", diz Reinaldo Lourenço. "Vermelho é igual a preto e branco", diz Gloria.
 

Liz não terminaria a noite de forma tão clássica: foi flagrada de pileque pelos paparazzi ao sair da cerimônia, praticamente carregada pelo costureiro.

BAI LING

Eric Gaillard/Reuters


"Hoje ninguém corre riscos nesses eventos. Não tem mais a Cher, a Diane Keaton de calça e a Kim Basinger - que, tudo bem, era horroroso, mas desenhava a própria roupa", protesta Lorenzo Merlino diante do visual da chinesa Bai Ling ("Southland Tales"). "Não há mais nada excepcional. São roupas protocolares." Gloria desaprova: "O rosinha, o fru-fru lá, o drapeado cá, o lacinho ali... Muito babado, decote, camada". Já Reinaldo diz que "ela está bonita. Com excesso de babado, mas o vestido é superfeminino". Bai Ling, segundo sites internacionais, vestia Valentino.

MAGGIE CHEUNG

Lionel Cironneau/Associated Press


A atriz chinesa, jurada em Cannes, foi escolhida pela Chopard para usar uma das 60 peças exclusivas feitas pela joalheria especialmente para o evento. Num Givenchy verde e amarelo, agradou aos brasileiros. "Adoro! Ela jogou um chiffon escuro sobre a cor. Ficou divertido e original", diz Gloria Coelho. "O vestido tem magia, movimento. Ela tem uma postura descontraída. Roupa de festa requer atitude esporte", diz Reinaldo Lourenço. Lorenzo Merlino diz que "o vestido parece bonito, acho as sobreposições de cores boas. Mas é tradicional. Não vi nada que se destacasse".

TONI COLLETTE

François Mori/Associated Press


A atriz australiana Toni Collette ("Pequena Miss Sunshine"), que faz parte do júri do festival, surgiu num Roberto Cavalli pink. "O vestido é feio, sem emoção. Não gostei", diz Reinaldo Lourenço. A estilista Gloria Coelho não é tão rigorosa. Segundo ela, a roupa "é conhecida demais", mas nela a atriz ficou "muito bem". Na definição de Gloria, o vestido tem "uma coisa de anos 90". Lorenzo Merlino aprova: "Gosto muito. Um tomara que caia que marca a cintura, mas que sai depois do quadril é o que mais ajuda o corpo da mulher. E como é uma roupa de gala, o fúcsia é uma cor interessante por sair do usual".

DIANE KRUGER

Lionel Cironneau/Associated Press


Para a "Vogue" espanhola, a alemã, mestre de cerimônias do festival, "fez a opção mais afrancesada" com seu Chanel de alta costura, num visual "insosso", na opinião do "Le Figaro". Reinaldo diz que ela estava "senhora demais"; para Lorenzo Merlino, "é um vestido tradicional, com decote canoa e manga, que no Brasil não dá certo. Está com cara de americana".


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