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Diretor prepara espetáculos sobre Noel Rosa, Lamartine Babo e Lima Barreto
DA REPORTAGEM LOCAL
Prestes a completar 60 anos
de teatro, em 2009, Antunes
Filho percebe-se numa "onda
Brasil" filiada àquela de "Macunaíma" (1978), a adaptação do
romance de Mário de Andrade
que colocou a carreira em novos trilhos.
Ele passou a metade dos anos
2000 voltado aos clássicos da
tragédia grega, com Eurípedes
("Medéia", 2001 e 2002) e Sófocles ("Antígona", 2005). Na seqüência, vieram Ariano Suassuna ("A Pedra do Reino", 2006) e Nelson Rodrigues ("Senhora dos Afogados", 2008),
sem contar o atalho para o samba e Carmen Miranda em "Foi
Carmen" (2005 e a atual).
Agora, o diretor emenda dramas musicais evocando vida e
obra de dois compositores cariocas: Lamartine Babo (1904-1963) e Noel Rosa (1910-1937).
Os ensaios do primeiro espetáculo, pleno em marchinhas, seguem mais adiantados, com
previsão de estréia até julho.
Em paralelo, a equipe de Antunes já lida com material sobre o
também carioca Lima Barreto
(1881-1922), "o mais dialético
entre os nossos escritores", segundo o diretor.
"Não é um nacionalismo babaca", diz. Ele recorre a Tolstói
para afirmar o desejo de falar
de sua aldeia para ser universal.
"Essa é a minha infância, essa é
a minha rua, esse é o meu bairro, essa é a minha gente."
"É uma tentativa de chegar
mais na alma brasileira. Queremos atingir profundamente o
ritmo do país e homenagear esses caras extraordinários."
Enquanto isso, o pesquisador
Sebastião Milaré dá forma e
promete para breve a segunda
parte da biografa sobre o artista, cujo primeiro livro, "Antunes Filho e a Dimensão Utópica" (ed. Perspectiva; R$ 52, 304
pág.), saiu em 1994.
(VS)
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