São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2008

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Crítica

"O Poderoso Chefão" é síntese da América

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

As histórias que cercam "O Poderoso Chefão" (TCM, 23h45; 12 anos) são tão interessantes quanto o filme. Por exemplo: o estúdio não queria Al Pacino, um ator desconhecido, no papel de Michael Corleone. E também não confiava em Francis F. Coppola, de tal modo que, durante ao menos duas semanas, havia um diretor a seu lado: caso fosse despedido, o outro já saberia por onde começar.
O espantoso não é que isso tenha acontecido, mas que tenha acontecido no que é possivelmente o maior filme do cinema americano nos últimos 40 anos. Coppola fez um filme que é ao mesmo tempo épico e íntimo, criminal e familiar. É o que se pode chamar de uma autêntica saga.
Estamos no pós-guerra e o reino de Don Corleone encontra-se ameaçado. É simples assim. Mas disso Coppola (a partir do livro de Mario Puzo) fez um episódio lendário, que fala de valentia, gênio, imigração, pertencimento, corrupção, morte. Enfim, da América, sua vitalidade e mazelas.


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