ANNA LEE
da Sucursal do Rio

A partir de julho, o canal por assinatura GNT, da Globosat, vai colocar no ar 140 horas de programação internacional inédita no Brasil, na qual estão incluídos documentários, séries e especiais.
O investimento na negociação com a distribuidora inglesa Itel foi de cerca US$ 800 mil, segundo a diretora do canal, Letícia Muhana. O acordo dá direito ao GNT de apresentar cada programa com exclusividade durante um ano, a partir da primeira exibição.
Depois desse prazo, o canal poderá utilizar a programação por mais dois anos, sem exclusividade.
"O investimento é alto, mas será amortizado durante os cinco anos. O custo do programa acaba ficando muito baixo. O acordo é estrategicamente importante pelo volume de programação comprado de uma distribuidora de uma só vez", disse Muhana.
Entre outros, faz parte da nova programação o documentário "Four Little Girls", dirigido e produzido por Spike Lee.
O documentário, que ainda não tem data de estréia marcada, traça um panorama da violência, do racismo e dos movimentos de integração nos Estados Unidos.
No próximo dia 1º, começará a ser exibida a série "The Tourist Trap", de seis capítulos, no qual turistas de diferentes nacionalidades passam por diversos contratempos num resort mediterrâneo.
No dia 11 de julho, é a vez do documentário "Morrendo para Contar a História", sobre o trabalho de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas que arriscam suas vidas para cobrir guerras.
Hoje, 70% da programação do GNT é estrangeira e 30%, brasileira. Isso ocorre, como explicou Letícia Muhana, "porque existe uma diferença abissal entre os custos de programação nacional e internacional. Sem falar que estamos anos atrás quando comparamos a qualidade de um e de outro".
Segundo Muhana, enquanto o investimento em um produto estrangeiro é de cerca de US$ 3.000, em um brasileiro, dependendo do percentual de participação do canal na produção, varia de US$ 200 mil a US$ 1 milhão. Do orçamento do GNT para 98, 60% está sendo aplicado no mercado nacional.
"A produção de TV é cara em todo o mundo. A inglesa e a americana são talvez as mais caras, mas os custos são diluídos nas vendas para outros países."



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