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Arte e videoclipe se encontram em mostra
"Comunismo da Forma..." apresenta 50 trabalhos de brasileiros e estrangeiros
Exposição que é aberta hoje na galeria Vermelho exibe obras de Dominique Gonzalez-Foerster e Pipilotti Rist, entre outros
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O videoclipe como plataforma de experimentação de 40
artistas é o foco da mostra "Comunismo da Forma: Som +
Imagem + Tempo - A Estratégia do Vídeo Musical", que é
aberta hoje na galeria Vermelho, em São Paulo.
Com curadoria dos críticos
Fernando Oliva, professor da
Faap, e Marcelo Rezende, a exposição apresenta 50 trabalhos
"que manifestam uma posição
autoral", segundo Rezende, autor de "Ciência do Sonho - A
Imaginação sem Fim do Diretor Michel Gondry" (ed. Alameda). O livro é um ensaio sobre a obra do diretor de videoclipes -de artistas como
Björk-, que migrou para o cinema, assinando longas como
"Brilho Eterno de uma Mente
sem Lembranças".
A mostra passará também
por Buenos Aires e Toronto e,
em sua maioria, é composta de
obras inéditas.
"Para mim, um videoclipe é
um produto gerado pelo mercado para criar uma imagem,
um conceito, para um artista. É,
ainda, um campo cheio de possibilidades para a arte", afirma
Rezende.
"Mas não é uma tentativa de
ver no videoclipe seu viés artístico", explica Oliva. "O interessante desses artistas é que eles
são de uma geração já criada
com o videoclipe, então eles
não têm vergonha em usá-lo."
"Apesar de a MTV ter decretado a morte do clipe, o que
mudou foi o fato de a TV não
ser mais o único suporte de exibição do formato A internet,
com o YouTube, maximizou as
possibilidades de compartilhar
uma obra com o público", avalia Rezende.
Nomes
Entre os artistas apresentados, há importantes nomes das
artes contemporâneas, como a
francesa Dominique Gonzalez-Foerster, que esteve na mais
recente edição da Bienal de São
Paulo. A mostra conta com um
programa exclusivo dedicado
aos videoartistas britânicos
Iain Forsyth e Jane Pollard.
Há bons trabalhos de nomes
mais jovens, como "Je Suis une
Bombe", da suíça Elodie Pong,
que retrata uma mulher dançando, de forma sexy, com uma
roupa de panda. Em um segundo momento, a abordagem pop
muda radicalmente e adquire
um tom político -presente
também em outros clipes.
Entre os destaques nacionais, Sara Ramo apresenta
"Amor Fati", um pequeno e intrigante ensaio sobre a solidão.
COMUNISMO DA FORMA: SOM +
IMAGEM + TEMPO - A ESTRATÉGIA DO VÍDEO MUSICAL
Quando: abertura hoje, às 20h; de ter.
a sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às
17h; até 4/8
Onde: galeria Vermelho (r. Minas Gerais, 350, tel. 0/xx/11/3257-2033)
Quanto: entrada franca
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