São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2007

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Arte e videoclipe se encontram em mostra

"Comunismo da Forma..." apresenta 50 trabalhos de brasileiros e estrangeiros

Exposição que é aberta hoje na galeria Vermelho exibe obras de Dominique Gonzalez-Foerster e Pipilotti Rist, entre outros

MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O videoclipe como plataforma de experimentação de 40 artistas é o foco da mostra "Comunismo da Forma: Som + Imagem + Tempo - A Estratégia do Vídeo Musical", que é aberta hoje na galeria Vermelho, em São Paulo.
Com curadoria dos críticos Fernando Oliva, professor da Faap, e Marcelo Rezende, a exposição apresenta 50 trabalhos "que manifestam uma posição autoral", segundo Rezende, autor de "Ciência do Sonho - A Imaginação sem Fim do Diretor Michel Gondry" (ed. Alameda). O livro é um ensaio sobre a obra do diretor de videoclipes -de artistas como Björk-, que migrou para o cinema, assinando longas como "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças".
A mostra passará também por Buenos Aires e Toronto e, em sua maioria, é composta de obras inéditas.
"Para mim, um videoclipe é um produto gerado pelo mercado para criar uma imagem, um conceito, para um artista. É, ainda, um campo cheio de possibilidades para a arte", afirma Rezende.
"Mas não é uma tentativa de ver no videoclipe seu viés artístico", explica Oliva. "O interessante desses artistas é que eles são de uma geração já criada com o videoclipe, então eles não têm vergonha em usá-lo."
"Apesar de a MTV ter decretado a morte do clipe, o que mudou foi o fato de a TV não ser mais o único suporte de exibição do formato A internet, com o YouTube, maximizou as possibilidades de compartilhar uma obra com o público", avalia Rezende.

Nomes
Entre os artistas apresentados, há importantes nomes das artes contemporâneas, como a francesa Dominique Gonzalez-Foerster, que esteve na mais recente edição da Bienal de São Paulo. A mostra conta com um programa exclusivo dedicado aos videoartistas britânicos Iain Forsyth e Jane Pollard.
Há bons trabalhos de nomes mais jovens, como "Je Suis une Bombe", da suíça Elodie Pong, que retrata uma mulher dançando, de forma sexy, com uma roupa de panda. Em um segundo momento, a abordagem pop muda radicalmente e adquire um tom político -presente também em outros clipes.
Entre os destaques nacionais, Sara Ramo apresenta "Amor Fati", um pequeno e intrigante ensaio sobre a solidão.


COMUNISMO DA FORMA: SOM + IMAGEM + TEMPO - A ESTRATÉGIA DO VÍDEO MUSICAL
Quando:
abertura hoje, às 20h; de ter. a sex., das 10h às 19h; sáb., das 11h às 17h; até 4/8
Onde: galeria Vermelho (r. Minas Gerais, 350, tel. 0/xx/11/3257-2033)
Quanto: entrada franca



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