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TELEVISÃO
Crítica
"Beijo da Mulher-Aranha" conta encontro inesperado
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O encontro inesperado, numa cela de prisão, de um ativista político (Raul Julia) e um homossexual (William Hurt) foi
escrito originalmente pelo argentino Manuel Puig. "O Beijo
da Mulher-Aranha" dá sequência à série de filmes de
Hector Babenco que o Canal
Brasil vem exibindo (às 22h,
seguido de um "making of", à
0h05; 14 anos).
O inesperado do encontro se
dá sobretudo pela natureza de
cada um: o primeiro é de temperamento político, voltado ao
fazer, enquanto o segundo é
voltado à ficção, ao sonho. Ele é
que conta, todo o tempo, um
velho, estranho, talvez vagabundo filme de terror.
O que tem uma coisa a ver
com a outra? Talvez nada. Talvez seja uma mostra de que
precisamos da ficção tanto
quanto da realidade. Talvez sirva a propósitos segundos. É um
belíssimo filme, que deu a Hurt
um Oscar de melhor ator.
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