São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2010

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CRÍTICA DRAMA

Filme sobre estilista mostra a gênese do fetiche Chanel

DA EDITORA DE MODA

Como seu antecessor, "Coco Antes de Chanel", lançado em 2009, "Coco Chanel & Igor Stravinsky" é pontuado por elementos publicitários. A direção pouco inspirada de Jan Kounen ajuda a destacar esse aspecto, mas, defeitos à parte, há motivos interessantes para ver o filme.
A história recria o breve caso entre Chanel e o compositor russo Igor Stravinsky. O primeiro encontro se dá em 1913, quando Stravinsky mostrou "A Sagração da Primavera" em Paris, com coreografia de Vaslav Nijinsky.
A estreia foi um fiasco, embora a genialidade de ambos fosse reconhecida depois. Kounen defende a tese de que Chanel vê em Stravinsky um desbravador, como ela. As complexas alquimias musicais dele são comparadas ao perfume Chanel nº 5 dela.
A sacada é mostrar como a grife Chanel se impõe como um fetiche no mercado e na vida do compositor. Ela oferece seu perfume à mulher do amante e veste a filha dele. Depois, incorpora padrões russos às coleções, como se dominasse o universo dele.
Por fim, faz com que ele componha sob o peso da rejeição amorosa e sexual para, assim, invadir e colonizar também sua música.


COCO CHANEL & IGOR STRAVINSKY

DIREÇÃO Jan Kounen
PRODUÇÃO França, 2009
COM Anna Mouglalis, Mads Mikkelsen e Elena Morozova
ONDE nos cines Belas Artes, Frei Caneca, Reserva Cultural e circuito
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO regular




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