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Crítica
Burton foi injustiçado pelo Oscar em "Woolf"
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A crueldade de "Quem Tem
Medo de Virginia Woolf?"
(TCM, 1h15; classificação indicativa não informada) só tem
paralelo na do Oscar. Na peça
de Edward Albee, transposta
para a tela por Mike Nichols,
existem dois casais.
O primeiro, mais velho, vive
sua relação conjugal perversamente: é um contínuo de alfinetadas agudas. O segundo,
mais jovem, é gentilmente convidado para uma noitada, em
que passará pela experiência de
ver seu jovem amor corroído
numa única noite pelo outro
par, que volta toda a perversidade a eles. É muito característico da dramaturgia psicológica
do pós-guerra na América.
A crueldade do Oscar bateu
com força. O casal Liz Taylor/
Richard Burton era candidato
ao prêmio principal de ator e
atriz. Taylor ganhou, como
sempre. Burton perdeu, como
sempre. Não havia motivo algum para que o casal não ganhasse: Burton está ótimo.
Por falar em injustiçados:
atenção a "Boleiros - Era uma
Vez o Futebol" (Canal Brasil,
22h; livre), de Ugo Giorgetti.
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