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Mostras fazem painel da arte pós-1950
"Nova Arte Nova" e "Arquivo Geral", ambas no Rio, compõem recortes abrangentes da produção brasileira até hoje
"Arquivo Geral" quer "potencializar" o mercado carioca para colecionadores estrangeiros que visitam
a Bienal de São Paulo
CAIO JOBIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Dois prédios antigos no centro do Rio, com menos de cem
metros a lhes separar, abrigam
a partir desta semana recortes
abrangentes da produção artística brasileira dos anos 1950 até
os dias de hoje.
"Nova Arte Nova" ocupa todo
o espaço expositivo do Centro
Cultural Banco do Brasil. São
mais de cem obras de 55 artistas que, nos últimos dez anos,
vêm explorando e atualizando
linguagens e técnicas da arte
contemporânea.
Já a terceira edição de "Arquivo Geral" é uma iniciativa
de 11 galerias da cidade com o
objetivo de potencializar o
mercado de arte carioca a partir da movimentação de curadores, colecionadores e visitantes, do Brasil e do exterior, gerada pela Bienal de São Paulo
-cuja abertura acontecerá no
próximo sábado. Neste ano, a
mostra reúne trabalhos de 96
artistas e terá como sede o térreo do Centro Cultural da Justiça Eleitoral.
Mostra coletiva
"Em geral as curadorias hoje
são muito determinadas, então
eu não quis estabelecer uma separação temática. A idéia foi
ocupar o espaço de uma maneira fluida, sem fronteiras", explica Paulo Venancio Filho, curador de "Nova Arte Nova".
Segundo ele, a exposição vai
demonstrar a abolição das diferenças regionais entre os artistas e o trânsito da arte produzida no país dentro de um contexto global.
O curador prefere não destacar este ou aquele artista. Ou
falar sobre obras específicas.
"Trata-se de uma mostra coletiva em que o que prevalece é a
diversidade", justifica.
"Nova Arte Nova" será montada também no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, a partir de janeiro e até abril
do ano que vem.
Sugestões
O curador de "Arquivo Geral", Fernando Cocchiarale, escolheu os trabalhos que compõem a mostra a partir das sugestões de cada galeria.
"Você começa a ver os trabalhos e forma grupos a partir de
questões que são recorrentes",
diz Cocchiarale.
São peças produzidas nas últimas décadas. Esculturas em
acrílico de Ruben Ludolf dividem uma sala com outros
exemplares da "tradição geométrico-construtivista".
Já as instalações de arte sonora de Paulo Vivacqua dialogam com a arquitetura da edificação, erguida em 1892, que
combina elementos de neoclássico e do barroco com toques do
art nouveau.
"Muitas vezes, a interferência da arquitetura do edifício
pode ser até um elemento favorável em um mundo que não
valoriza mais a pureza, mas sim
a contaminação", afirma Cocchiarale.
NOVA ARTE NOVA
Quando: abertura hoje (para convidados), às 19h; de ter. a dom., das 10h às
21h; até 4/1/2009
Onde: CCBB-Rio (r. Primeiro de Março,
66, tel. 0/xx/21/3808-2020; livre)
Quanto: entrada franca
ARQUIVO GERAL
Quando: abertura quarta, às 19h; de
qua. a dom., das 12h às 19h; até 29/11
Onde: Centro Cultural da Justiça Eleitoral (r. Primeiro de Março, 42. tel. 0/
xx/21/2527-9496; classificação livre)
Quanto: entrada franca
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