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3º Maceió Jazz Festival traz de Gil a Koko Taylor
CARLOS BOZZO JUNIOR
especial para a Folha
O cantor e compositor Gilberto
Gil abre hoje, Dia Nacional da
Consciência Negra, a 3ª edição do
Maceió Jazz Festival, na capital
alagoana.
"É muito bom abrir um festival
de jazz nesse dia, porque o jazz tem
tudo a ver com consciência negra", disse o músico em entrevista
por telefone à Folha, na última segunda-feira.
"Sendo um dos elementos mais
eficazes na divulgação dessa força
criativa da raça negra, o jazz é uma
das grandes bandeiras da conquista e do prestígio da negritude no
mundo", completou o cantor.
Gil irá se apresentar com uma
banda composta por sete músicos
que primam pelo talento e competência nos palcos e estúdios.
São eles: Jorginho Gomes (bateria), Arthur Maia (baixo), Celso
Fonseca (guitarra), Paulo Calazans (teclado), Raul Mascarenhas
(sax e flauta), Gustavo de Dalva e
Leonardo (percussão).
Quanto ao show, será uma versão não completa, porém bem ampla, de seu último trabalho, o CD
"Quanta".
Visões do jazz
Indagado a respeito do que é
jazz, Gilberto Gil esclareceu sobre
duas vertentes existentes.
"Uma é a visão clássica do jazz,
que reúne um modo específico de
improvisação e composição; outra
é uma visão aberta de improvisação em música popular no mundo
inteiro."
O cantor não sabe ao certo quantos foram os festivais de jazz que
contaram com sua participação
(por terem sido muitos), mas ressaltou a diversidade dos mesmos.
"A diversidade dos festivais de
jazz no mundo é mais uma consequência dessa característica aberta
e universal do jazz", disse.
"O jazz tem penetrado em contextos locais de música popular,
no rock progressivo, no funk, na
música brasileira, africana, cubana, caribenha, venezuelana..."
Por fim, o compositor completou: "O jazz tem uma universalidade que foi se insinuando e se
manifestando de forma muito espontânea no decorrer do tempo."
Outras noites
Luiz Bueno, músico do Duofel,
irá se apresentar na noite de amanhã com o percussionista Badal
Roy, antes do show de Hermeto
Pascoal.
"Iremos apresentar músicas dos
nossos últimos CDs e um material
ainda inédito", disse o músico à
Folha.
"Espero encontrar uma energia
muito grande nesse show", declarou. "Primeiro, porque estamos
cheios de novidades musicais para
mostrar. Segundo, porque Maceió
é uma terra muito musical. De lá,
vieram muitos músicos bons."
"Acho que é um prêmio para o
Duofel tocar nesse festival", concluiu.
O festival terá, ainda, uma noite
de blues no dia 22, com as apresentações de Cleves Nunes & Blues
Print.
Outra atração do evento vai ser a
cantora norte-americana Koko
Taylor.
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