São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 2006

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Crítica

Filme de Khouri reflete ano fértil do nosso cinema

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

1964 foi um ano muito especial para o cinema brasileiro. Teve "Vidas Secas" e "Deus e o Diabo na Terra do Sol". Mas teve também "Noite Vazia" (Canal Brasil, 22h40), o grande filme de Walter Hugo Khouri.
Khouri não era, certamente, um cinemanovista, ao contrário de Glauber Rocha e Nelson Pereira. Bem longe disso. Acreditava num cinema universal. Por isso ninguém estranhará que a história dos dois sujeitos (um sendo rico e o outro pobre) que saem em busca de diversões em uma noite tenha inúmeros aspectos em que ela poderia se passar em qualquer parte do mundo. O que não o torna um filme menos brasileiro -como poderemos ver-, embora, talvez, o torne mais paulista.
A convivência de correntes opostas, que brigavam como cães e gatos, naquele momento, não indica mau funcionamento e sim dá conta da tremenda vitalidade do cinema brasileiro naquele momento em que se impunha como uma atividade intelectual.


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