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TELEVISÃO
Crítica
Filme japonês põe em cena temas universais
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Escola do Riso" (TC Cult,
22h; livre) não esconde seu caráter teatral. E o personagem
do autor teatral, que anda de cá
para lá com sua peça debaixo
do braço, com o andar desconjuntado, não deixa de lembrar
o Gene Kelly do começo de
"Broadway Melody", o clássico
número de "Cantando na Chuva", batendo de porta em porta
e pedindo uma chance.
O autor teatral vive no Japão
(a referência é a época da Segunda Guerra) e tem pela frente um censor, a quem trará várias versões do texto, em busca
de aprovação. O censor expressa o militarismo japonês do período e não é tão diferente de
qualquer censura, por exemplo
a que existia no Brasil: é discricionária, desinformada e dotada de mau humor profissional.
Sem ser o filme que faz reviver o cinema japonês, "Escola
do Riso" põe em cena dois aspectos que se pode bem chamar de universais: a estranha
força existente nas relações
pessoais (por estapafúrdias que
sejam) e a luta para evitar o
triunfo final das trevas.
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