São Paulo, quinta-feira, 20 de novembro de 2008

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TELEVISÃO

Crítica

Filme japonês põe em cena temas universais

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Escola do Riso" (TC Cult, 22h; livre) não esconde seu caráter teatral. E o personagem do autor teatral, que anda de cá para lá com sua peça debaixo do braço, com o andar desconjuntado, não deixa de lembrar o Gene Kelly do começo de "Broadway Melody", o clássico número de "Cantando na Chuva", batendo de porta em porta e pedindo uma chance.
O autor teatral vive no Japão (a referência é a época da Segunda Guerra) e tem pela frente um censor, a quem trará várias versões do texto, em busca de aprovação. O censor expressa o militarismo japonês do período e não é tão diferente de qualquer censura, por exemplo a que existia no Brasil: é discricionária, desinformada e dotada de mau humor profissional.
Sem ser o filme que faz reviver o cinema japonês, "Escola do Riso" põe em cena dois aspectos que se pode bem chamar de universais: a estranha força existente nas relações pessoais (por estapafúrdias que sejam) e a luta para evitar o triunfo final das trevas.


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