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São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 2003

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FILMES

TV ABERTA

Irlanda ganha retrato em "Agnes Browne"

José
SBT, 15h45.
  
(Joseph). EUA/Itália/Alemanha, 95, 185 min. Direção: Roger Young. Com Ben Kingsley, Martin Landau. A história de José, filho de Jacó, que por inveja os irmãos vendem como escravo.

Papai Noel Trapalhão
Globo, 16h20.
 
(Santa Who?). EUA, 2000. Direção: William Dear. Com Leslie Nielsen, Steven Eckholdt. Um acidente faz Papai Noel perder a memória. Nisso, ele é levado a trabalhar como Papai Noel em época de Natal. Comédia feita para TV.

A Cela
SBT, 23h15.
 
(The Cell). EUA, 2000, 107 min. Direção: Tarsem Singh. Com Jennifer Lopez, Vince Vaughn. Psicopata entra em coma antes de revelar o cativeiro de suas vítimas, onde há uma garota. Uma médica usará terapia neurológica avançada a fim de entrar em contato com a mente perturbada do criminoso, de modo a salvar a vítima. Inédito.

Agnes Browne - O Despertar de uma Vida
Globo, 23h35.
   
(Agnes Browne). EUA, 99, 91 min. Direção: Anjelica Huston. Com Anjelica Huston, Marion O'Dwyer. Na Irlanda, mulher é forçada a emprestar dinheiro de um agiota até para o funeral do marido. Sobreviver ao infortúnio e conseguir realizar seu sonho de ir a um concerto de Tom Jones são desafios que ela encarará com coragem. O que mais se elogia é o retrato da Irlanda, onde Anjelica, filha de John Huston, viveu na infância. A conferir. Inédito.

A Garota Sensual
Bandeirantes,1h.
 
(Fanny Hill). 95, 86 min. Direção: Valentine Palmer. Com Cheryl Dempsey, James Highton. A órfã Fanny Hill é um clássico do erotismo mundial, e sua história, ambientada no século 18, foi filmada inicialmente por Russ Mayer. Aqui estamos no reino do sub-sub.

Romero
SBT, 1h30.
  
EUA, 89, 102 min. Direção: John Duigan. Com Raul Julia, Ana Alicia. Dom Oscar Romero é o arcebispo conservador que o Vaticano envia a El Salvador, nos anos 70.

A Justiça Fala Mais Alto
Globo, 3h25.
   
(The Incident). EUA, 89, 95 min. Direção: Joseph Sargent. Com Walter Matthau, Susan Blakely. Matthau é o advogado indicado para defender um soldado alemão, detido em um campo para prisioneiros de guerra e acusado pelo assassinato do médico local. "Thriller" para a TV ambientado durante a Segunda Guerra, premiado com o Emmy.

A Estrela de Natal
SBT, 3h30.
  
(The Christmas Star). EUA, 86, 100 min. Direção: Alan Shapiro. Com Edward Asner, Rene Auber. Fugitivo que se disfarça de Papai Noel acaba tendo de se esconder na casa de uma família muito pobre. Só para SP.

O Abismo Negro
SBT, 5h10.
  
(The Black Hole). EUA, 79, 98 min. Direção: Gary Nelson. Com Maximilian Schell, Anthony Perkins. Nave de pesquisa topa com outra nave, comandada por um estranho cientista, junto a um buraco negro. (IA)

TV PAGA

"Sintonia de Amor" é fábrica de produzir choro

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Por que filmes como "Sintonia de Amor" são catalogados na categoria de filmes natalinos? Talvez porque o Natal seja um evento sentimental por excelência. Nessa época do ano todos parecem mais predispostos a se comover e a se sentir solitários. Por que será? O fato é que o Natal é uma celebração antes de tudo negativa.
De maneira que a história da moça solitária que marca encontro com seu príncipe encantado num determinado dia e lugar tende a comover todo mundo que se acha razoavelmente só e abandonado. E todo mundo tende a se achar só e abandonado. Daí aparece na frente do prédio aquela bandinha horrível, tocando músicas tristes, que ficam mais tristes ainda de tão mal tocadas que são. E todo mundo fica de coração apertado e dá uma grana para os músicos sumirem dali antes que alguém se jogue pela janela.
É verdade que "Sintonia de Amor" tem um precursor ilustre, "Tarde Demais para Esquecer", do qual nem disfarça que é cópia. Ali também havia a história de um encontro marcado e de um triste desencontro. Mas não se trata de um filme de Natal. A diferença entre os dois filmes talvez seja que para Leo McCarey comover é uma fatalidade que essa história carrega. A comoção era um meio para falar do sentimento amoroso e da fragilidade do ser amoroso.
Para Nora Ephron, ao contrário, comover seus espectadores é uma espécie de fim em si mesmo -mais ou menos como as bandinhas que passam em frente de casa. Ambos, as bandinhas e "Sintonia" têm finalidades estritamente comerciais. A bandinha ao menos tem a seu favor o lado mambembe da empreitada. Eles querem uns trocados. "Sintonia" industrializa o sentimentalismo.


SINTONIA DE AMOR. Quando: hoje, às 22h, no canal A&E Mundo.


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