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Mônica Bergamo
@ - bergamo@folhasp.com.br
ELISA BRACHER
Divulgação/Cosac Naify Marcelo Soares/Folha Imagem
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Elisa (à dir.) diz que o trabalho foi danificado no palácio |
"Dona Marisa não suportava a obra"
Uma escultura em madeira
de cinco metros de altura que
decorava o Palácio da Alvorada,
em Brasília, chegou a SP nesta
semana -podre e quebrada.
Encomenda de dona Ruth Cardoso à artista plástica Elisa
Bracher para o jardim da casa
presidencial, a escultura, diz a
autora, "incomodou" a primeira-dama Marisa Letícia. "A
gente recebeu um telefonema
da secretária dela, dizendo que
a dona Marisa não suportava a
obra e que era pra retirar imediatamente", diz Elisa, que tem
esculturas na Alemanha e no
jardim da universidade de Essex, na Inglaterra.
O palácio diz que recebeu o
trabalho em 2001, com um contrato de comodato, sem pagamento, que venceu em 2002.
Dois anos depois, "a presidência informou não ter interesse
em permanecer com a obra".
Dona Marisa não gostava dela?
"Não vamos detalhar o motivo", diz a assessoria. Ainda segundo o palácio, a obra teria sido guardada em almoxarifado
desde então. "Inúmeros contatos telefônicos" foram feitos à
galeria de Raquel Arnaud, que
representa a artista, pedindo a
retirada -e nada. Apenas na semana passada, um guincho foi
enviado para retirar o trabalho,
que voltou para SP. Pouco antes de serrar o resto da escultura, Elisa Bracher falou à coluna:
FOLHA - O que aconteceu?
ELISA BRACHER - A escultura chegou a SP na quinta-feira. A idéia
era instalar no parque do Trote.
Mas, quando ela chegou, a gente viu que estava dividida em
duas. Os parafusos estavam estourados de uma maneira super violenta. Na sexta, a gente
tentou pôr de pé e não parou. A
madeira tá podre, toda fofa.
FOLHA - A senhora está chateada?
ELISA - É óbvio que você fica
chateado quando alguém diz:
"Não quero seu trabalho". Agora, esse direito de destruir uma
obra, não tem, não existe isso!
Ela não tem esse direito! Eles
feriram meu direito.
FOLHA - A obra foi bem cuidada?
ELISA - Não. Só ficou no almoxarifado durante um tempo.
Depois, eles falaram que a gente tinha que pagar o aluguel do
almoxarifado. Eu falei com Raquel [Arnaud]: "Não vamos pagar aluguel, pelo amor de Deus!
Já chega o jeito que a gente tá
sendo tratado". Tá certo que a
gente tá um pouco lento, mas...
Aí eles abandonaram. Um amigo meu passou em Brasília e
avisou que estava tudo largado
lá: no chão de terra, nos fundos
do palácio, no tempo.
FOLHA - Por que rejeitaram a obra?
ELISA - Eu não quero esse negócio de caça às bruxas. Mas eu tô
louca da vida! Não é assim que
se trata um artista. A dona Ruth
veio pessoalmente ao meu ateliê e me pediu que fizesse uma
obra para o palácio. Eu fiz, fui lá
colocar e fui muito bem tratada
pela gestão FHC. Depois, a galeria recebeu um telefonema da
secretária da dona Marisa, dizendo que ela não suportava a
obra e que era pra retirar imediatamente. A galeria foi lenta
no processo. Agora, imediatamente, não dá pra retirar uma
obra de dez toneladas.
FOLHA - Por que acha que dona
Marisa não "suportava" a obra?
ELISA - Ela gosta e não gosta do
que ela quiser, sei lá, não conheço. Eu não queria criar picuinha. Mas aposto que se fosse
um general em cima de um cavalo não teria problema, sabe?
De molho
Além de limitar o
número de faltas
justificadas por atestado
médico para até seis por
ano - um professor
pode, hoje, faltar cem
dos 200 dias letivos -, o
governo de SP deve
baixar medida para
coibir o excesso de
ausências: a
centralização de exames
médicos no Instituto de
Assistência Médica ao
Servidor Público. Hoje,
qualquer médico
particular pode dar
atestado que justifica
faltas.
VIDA REAL
Os líderes da oposição, José
Agripino (DEM-RN) e Arthur
Virgílio (PSDB-AM), tiveram
anteontem encontro "secreto"
com o ministro José Múcio
(PTB-PE), das Relações Institucionais de Lula. No bolso, levaram uma listinha de reivindicações de alguns estados - entre eles o de Mato Grosso.
VIDA REAL 2
Agripino confirma o encontro, "muito breve, sem qualquer conseqüência". Onde foi?
"O lugar não importa", disse ele
à coluna, para depois revelar:
"Foi na minha casa". O líder
confirma que fez reivindicações, digamos, pontuais. "Tomamos como bandeira nossa a
renegociação da dívida de Mato
Grosso e o fornecimento de gás
para o Estado pela Petrobras."
Mas ele diz que a "pedra de toque" foi a exigência de que Lula
não aumente impostos.
A GENTE SE VÊ
Diagnóstico de Fernando
Henrique Cardoso feito à Folha: "Já falei demais este ano".
Como últimas palavras de
2007, ele deseja "feliz Ano Novo a todos, especialmente ao
Lula e inclusive ao Tarso Genro
[ministro da Justiça]", que vive
dizendo que FHC é invejoso.
PARIS NÃO VEM
Paris Hilton dará bolo no Réveillon de Floripa. Ela foi contratada para ser a anfitriã da
festa do Lax Club, de Las Vegas.
RICKY NÃO
A "Playboy" não poderá citar
o jogador Richarlyson na edição de janeiro, que vai ter sua
ex-namorada, Letícia Carlos,
na capa. Além do nome do volante, a notificação enviada à
revista também veta palavras
como "Ricky" (apelido do atleta), "jogador de futebol" e "jogador do São Paulo".
EM INGLÊS
A editora Rizzoli, de Nova
York, fechou negócio com a Cosac Naify.
Acaba de lançar nos Estados
Unidos, no Canadá e na Inglaterra o livro "Paulo Mendes da
Rocha: Fifty Years".
A MAIS PEDIDA
Preta Gil reclamou em seu
blog que o "Superpop", da RedeTV!, reprisou três vezes uma
entrevista que ela deu para Luciana Gimenez. "Gente, a entrevista ficou velha (...) mas pelo visto ou tapa buraco, ou dá
audiência!" A emissora explica
que a atração está entre as mais
pedidas pelo telespectador.
COM MANOBRISTA
O estilista Ricardo Almeida
não participará da SP Fashion
Week pelo segundo ano consecutivo. Para ele, o evento "tornou-se grande demais, com
gente demais ". "Prefiro um
desfile só meu, na Daslu, com
manobristas, champanhe e
apenas os meus convidados."
CURTO-CIRCUITO
"A CAUDA DO DINOSSAURO", curta com roteiro de Christiane
Tricerri e Angeli, estréia hoje, às 21h, no Espaço Unibanco.
O LIVRO "OCA - ARQUITETURA NO BRASIL - CASAS", com projetos
de 70 profissionais, será lançado hoje, no showroom da Roca.
A TOP ISABELI FONTANA lança hoje sua coleção de moda infantil
na loja da grife Monne, no shopping Iguatemi, às 19h.
com AUDREY FURLANETO, DIÓGENES CAMPANHA e DÉBORA BERGAMASCO
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