|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em temporada "confusa", Ben é "o mais constante"
DA ENVIADA AO HAVAÍ
Uma viagem para o Havaí é
ótima, mas, a trabalho, tem
seus percalços. Um deles é ter
de entrevistar 15 pessoas em
três dias. Não há pausa para
muita coisa -tanto para os jornalistas quanto para os atores,
que emendam filmagens com
trabalho com a imprensa.
Daí o susto ao encontrar o
ator Michael Emerson vestido
exatamente como seu personagem Ben ao abrir a porta para
uma escapada rápida. A figura
do mal está a caminho.
Nada disso. Na conversa, ele
é o oposto. Cordial, faz piada e
se mostra divertido. Emerson
fala de Ben medindo bem as palavras. Afinal, não pode entregar nenhum segredo e, às vezes,
a dica sai sem perceber. "O seriado está bem zoroástrico, dividido em dois polos opostos,
bem e mal, branco e preto. Essa
tensão estará mais explícita."
O ator havia sido escalado para uma participação especial.
Nos testes, os produtores viram
que ele seria um bom investimento. "Se eu não tivesse funcionado, tenho certeza de que
poderiam se livrar de mim e pôr
outra pessoa no papel", explica.
Emerson vê Ben não como
um vilão puro e simples, embora tenha maldade como todo
mundo. "Mas com uma ambiguidade interessante. Acho que
ele é um quebra-cabeça moral
inteligente", diz.
"Também não acho que ele
seja mais monstro agora do que
há cinco anos. Ele é uma constante, não muda. Seus objetivos
são um mistério, mas ele continua atrás deles. Mesmo maquiavélico, acredito que ele deva ter uma missão honrosa."
Nem por isso concorda com
as atitudes de Ben. "Metade das
coisas que eu faço são chocantes para mim. Eu faço porque
não sou o chefe. Meu trabalho é
fazê-las bem, embora quase
sempre me surpreenda", diz.
Com certeza, a sexta temporada vai ser definitiva para seu
personagem, mas ele não tem
explicação para nada, mesmo já
tendo chegado à gravação do
décimo episódio. "Achei que ia
ver o caminho quando começássemos a filmar. Que iam
emergir da neblina os mistérios
do fim. Mas pelo jeito não. Está
muito confuso ainda."
A atriz Emilie de Ravin faz
coro: "Acho que já sei tudo sobre Claire. Mas qualquer coisa
pode acontecer. Há inúmeras
possibilidades do que os roteiristas podem inventar. Afinal,
estamos numa ilha mágica".
Texto Anterior: "Lost" cria estratégia para segredos Próximo Texto: "Deixei minhas coisas em caixas durante um ano" Índice
|