São Paulo, quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

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Megaprodutor prepara 2 séries investigativas

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando Anthony E. Zuiker lançou seu romance interativo, em setembro, disse "haver muitos jeitos de não ver TV". Uma declaração no mínimo inusitada para quem, há dez anos, revolucionou a área com "CSI", ao unir crimes, ciência e tecnologia. Seu sucesso gerou mais de 200 episódios, duas franquias e dezenas de similares.
Zuiker tem de pensar algo novo. De novo. E rápido, já que "CSI" dá sinais de cansaço.
Duas propostas concorrem na CBS, emissora que exibe suas outras produções. A mais popular é "Cyber Crimes", que reúne uma força-tarefa em Washington para combater o crime virtual, entre pornografia, sequestros, pedofilia etc.
Já "Jax & Amber" trata de resolver homicídios, em Los Angeles, a partir de uma perspectiva feminina. Se forem aprovados, entrarão na grade americana ainda neste ano.
Mas Zuiker acha que não pode mais fazer uma série semanal sem se preocupar com o que o público consome nos outros dias. "A TV já não tem um encontro marcado. As pessoas não querem assistir ao vivo, a menos que sejam eventos esportivos. Com isso, a TV perde milhões de dólares em publicidade. É um modelo quebrado."
Ele diz que criadores como J.J. Abrams ("Lost") e Tim Kring ("Heroes") "estão experimentando". "As séries vão incorporar algo de outras mídias. Assim que terminar o programa, algo vai levar o fã à internet. Aí vai receber mensagens no celular. Ou ter acesso aos bastidores. Quando for o dia do novo episódio, voltarão para a frente da TV porque não vão querer perder a experiência. É impensável alguém assistir a um programa, esquecer dele por uma semana e depois voltar para vê-lo. Esse modelo morreu."


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