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Crítica/"Um Amor de Tesouro"
Comédia romântica ecoa pastelão dos Trapalhões
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A comédia romântica é
dos gêneros que mais
dependem de um bom
roteiro e boa performance dos
atores centrais, o que não significa que a direção possa ser deixada de lado. Pelo contrário, o
olho do diretor é fundamental,
sobretudo num filme como
"Um Amor de Tesouro", de
Andy Tennant, misto de prosa
romântica e filme de aventura.
Nessa típica sessão da tarde,
temos Benjamin (Matthew
McConaughey) e Tess (Kate
Hudson), casal que se ama e
não se entende, ela enfastiada
das loucuras dele, que procura
há tempos o tesouro de um galeão naufragado no século 18.
Mesmo recém-divorciados, a
boa lábia de Ben convence tanto a ex-mulher como um milionário excêntrico (Donald Sutherland) a ajudá-lo na empreitada. No rastro deles, há ainda
um rapper assassino e outro caçador. Estamos, certamente,
numa aventura juvenil.
O que não seria de todo mal,
tanto que o filme navega bem
quando descambado para o
pastelão, algo expresso na ótima primeira seqüência, que faz
um desenho bastante apatetado do protagonista. Mas Andy
Tennant, fraco diretor diante
de um roteiro esdrúxulo, não
consegue desenhar imagens
notáveis e tampouco fazer seus
atores funcionarem na tela.
O que é inacreditável, até
porque com tamanho arsenal
técnico (vide as seqüências subaquáticas), este longa está
mais para uma versão sem graça dos inventivos filmes toscos
dos Trapalhões.
UM AMOR DE TESOURO
Produção: EUA, 2008
Direção: Andy Tennant
Com: Kate Hudson, Matthew McConaughey e Donald Sutherland
Onde: estréia hoje nos cines Bristol, Unibanco Arteplex e circuito
Avaliação: ruim
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