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500 anos de azeite português no Brasil
Colunista da Folha
Os 500 anos da chegada dos
portugueses ao Brasil são também os 500 anos da chegada do
azeite português. Alimento básico
dos povos mediterrâneos, vinha
entre os tíbios mantimentos trazidos pelos navegadores.
A história do Brasil tem sido
desde então, igualmente, a história da dominação do azeite português. Uma hegemonia que seus
produtores não pretendem deixar
escorregar por entre os dedos.
Nos dias de hoje, o azeite é o
principal produto de exportação
de Portugal para o Brasil. Para cá,
vem um quarto da produção do
país, totalizando 11 mil toneladas.
O Brasil não produz azeite.
Compra 43% do que consome de
Portugal. A Espanha tem 25%
desse bolo, mas já fica um pouco
atrás do azarão: a Argentina. Os
argentinos têm clima propício para o plantio de oliveiras e, com
elas, produzem azeite, que chega
ao Brasil com bom preço. Os produtores tradicionais estão de
olho. Argumentam que o grosso
da produção argentina não é
composta de azeite puro -apenas de olivas- mas, sim, combinado com outros óleos vegetais.
Para evitar surpresas, a Casa do
Azeite Português realiza uma investida publicitária no Brasil. Entre outras ações, patrocina as 23
naus que deixaram Lisboa, dia 8
de março, e reeditam a rota de Cabral para o Brasil.
Os barcos participarão da programação oficial de comemoração dos 500 anos em três cidades
brasileiras: Salvador, Santa Cruz
Cabrália e Rio de Janeiro.
Há planos ainda de um Festival
de Azeite Português em 25 restaurantes em São Paulo e 15 no Rio.
Tudo com o objetivo de, até o fim
do ano, atingir o marco de 50% de
participação de vendas do azeite
português no Brasil.
(JM)
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