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Crítica
Exibição de "O Rufião" é chance preciosa na TV
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Se há um homem que merece
respeito é José Giovanni (ainda
mais num 21 de abril). Este ex-gângster chegou a ser condenado à morte, mas foi indultado.
Ainda na prisão, escreveu o romance que daria origem à obra-prima de Jacques Becker, "A
um Passo da Liberdade" (59).
Depois dedicou-se ao cinema, passou à direção no fim da
década de 60. Seus filmes têm
duas características centrais:
descrever o meio criminal (que
ele conhecia muito bem) e serem escritos pelo próprio realizador.
Num cinema instável como o
francês, ele conseguiu, em muitas ocasiões, conciliar o pessoal
com o êxito comercial, sem ser
um gênio, mas com um trabalho sempre digno. Evidentemente, seus filmes são raridade
na TV brasileira, o que torna
ainda mais preciosa a exibição
de "O Rufião" (TV5, 23h), seu
filme de 1983. É um filme em
que paisagens e espetáculo dão
o tom. A ação, no Canadá, envolve o aventureiro Lino Ventura, e a dona de uma taverna,
Claudia Cardinale, na busca e
posse de um tesouro.
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