Ingressos de amanhã e quarta no Municipal já se esgotaram; bailarina volta em maio ao Via Funchal

Espanhola faz "master class" de flamenco em SP hoje; seu grupo se apresenta ainda em Porto Alegre, Brasília, Rio, Salvador e Curitiba

ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A melhor tradução atual do flamenco é uma mulher simples. Do outro lado da linha, a bailarina e coreógrafa espanhola Eva Yerbabuena exala simpatia, enquanto diz contar as horas para o início da turnê brasileira da companhia que leva o seu nome.
O público, que em suas vindas ao Brasil sempre lota seus espetáculos, mostrou ansiedade em revê-la. As duas noites de "Santo y Seña", no Teatro Municipal de São Paulo, amanhã e quarta-feira, já estão esgotadas.
Por causa disso, depois de rodar o país, ela volta em 12 de maio para uma apresentação extra no Via Funchal. Hoje, Yerbabuena ministra uma "master class" na cidade.
A companhia espanhola chega em ritmo de festa, pois está comemorando dez anos de existência. Do início até hoje, foram erguidos espetáculos sobre a melhor tradição do flamenco. Uma parte deles estará à mostra em "Santo y Seña", que traz trechos de coreografias antigas e solos nos quais Yerbabuena brilha com o giro de corpo, o desenho de braços e o sapateado únicos. "É um espetáculo íntimo, nada pretensioso, no qual o argumento é o flamenco em si", disse ela à Folha, por telefone.
A bailarina dança "De la Cava", do espetáculo "Cinco Mujeres Cinco"; "Espumas del Recuerdo", de "El Huso de la Memoria"; além dos novos "Quiero y no Quiero" e "Cadencia". Os quatro bailarinos que a acompanham interpretam "A las Cinco de la Tarde", e há também "Rarapata", um número de percussão.
"É popular porque mostra o flamenco em suas mais contrastantes danças. Tem a siguiriya, que é teatral, uma dança varonil só com homens, e outras essencialmente femininas", diz ela, que se apresenta ainda em Porto Alegre, Brasília, Salvador, Curitiba e no Rio.
Yerbabuena dança acompanhada no palco por três cantores e quatro músicos, entre eles o violonista Paco Jarana, seu marido. Em cena, ela, que já disse ser o flamenco seu lugar de liberdade, afirma deixar a emoção tomar conta do corpo.
"Há muita improvisação. Eu me deixo levar pelo canto, que para mim é a mãe do flamenco.
É um momento mágico, estou inteira ali", diz Yerbabuena.

MASTER CLASS
Quando: hoje, das 17h às 19h
Onde: Pulsarte (r. Pereira Leite, 55, Alto de Pinheiros, tel. xx/11/3482-7863)
Quanto: R$ 150


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