|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Líder do PT vê saída para pasta no setor privado
Gilberto Gil rebate Mercadante e pede verba pública para cultura
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Gilberto Gil (Cultura) defendeu ontem a estabilidade
econômica, os juros baixos e o
controle da inflação. Em audiência pública no Senado, também
rebateu uma intervenção do líder
do governo na Casa, Aloizio Mercadante (PT-SP), de quem divergiu sobre a responsabilidade da
União em financiar a cultura.
Mercadante pregou que a solução para o financiamento da cultura deveria ser buscada no setor
privado. "Não vamos resolver o
problema do financiamento pelo
Orçamento da União, porque as
restrições são muito severas, vão
continuar severas e, se nós não
conseguirmos baixar a inflação,
não adianta colocar mais recurso
porque a inflação vai comprometer", afirmou o líder, deixando a
sala em seguida, para acompanhar outra audiência pública.
Apesar da ausência de Mercadante, Gil respondeu de forma
enfática. Defendeu o Orçamento
da União para a cultura. "O senador Mercadante tem de saber que
não vamos abrir mão de defender
mais recursos do orçamento do
governo, porque é uma questão
de reconhecimento do Estado
brasileiro. Não adianta termos cada vez mais recursos conseguidos
das parcerias e da sensibilização
do setor privado para suas responsabilidades com a cultura."
Também ontem, Gil se reuniu
com dirigentes do segmento de
audiovisual, entre eles Nelson Pereira dos Santos, Murilo Salles,
Luiz Carlos Barreto e Zelito Viana. Beto Brant e Luiz Bolognese
levaram propostas da Associação
Paulista de Cineastas, que defende que o Ministério da Cultura
encarregue-se da definição dos
patrocínios culturais.
Texto Anterior: Debate: Em SP, Rushdie fala de Machado de Assis Próximo Texto: Liminar suspende contrato de Guggenheim no Rio Índice
|