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São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2003

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Líder do PT vê saída para pasta no setor privado

Gilberto Gil rebate Mercadante e pede verba pública para cultura

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Gilberto Gil (Cultura) defendeu ontem a estabilidade econômica, os juros baixos e o controle da inflação. Em audiência pública no Senado, também rebateu uma intervenção do líder do governo na Casa, Aloizio Mercadante (PT-SP), de quem divergiu sobre a responsabilidade da União em financiar a cultura.
Mercadante pregou que a solução para o financiamento da cultura deveria ser buscada no setor privado. "Não vamos resolver o problema do financiamento pelo Orçamento da União, porque as restrições são muito severas, vão continuar severas e, se nós não conseguirmos baixar a inflação, não adianta colocar mais recurso porque a inflação vai comprometer", afirmou o líder, deixando a sala em seguida, para acompanhar outra audiência pública.
Apesar da ausência de Mercadante, Gil respondeu de forma enfática. Defendeu o Orçamento da União para a cultura. "O senador Mercadante tem de saber que não vamos abrir mão de defender mais recursos do orçamento do governo, porque é uma questão de reconhecimento do Estado brasileiro. Não adianta termos cada vez mais recursos conseguidos das parcerias e da sensibilização do setor privado para suas responsabilidades com a cultura."
Também ontem, Gil se reuniu com dirigentes do segmento de audiovisual, entre eles Nelson Pereira dos Santos, Murilo Salles, Luiz Carlos Barreto e Zelito Viana. Beto Brant e Luiz Bolognese levaram propostas da Associação Paulista de Cineastas, que defende que o Ministério da Cultura encarregue-se da definição dos patrocínios culturais.


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