São Paulo, quarta-feira, 21 de maio de 2008

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Crítica

Sofia Coppola evita clichês em "Maria Antonieta"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Um título como "Maria Antonieta" (HBO, 21h05) obriga quase automaticamente seu realizador a passar pelos fatos tão conhecidos: as revoltas populares, a revolução, a prisão e a morte da rainha.
Ora, é de todos esses clichês que Sofia Coppola pretendeu escapar, ao nos mostrar justamente o que não pretendíamos ver: uma jovem princesa austríaca deslocada para outro país (e que no deslocamento deixa todo seu passado para trás, até o cachorro), os problemas conjugais após um casamento de conveniência (com Luís 16), a vida numa corte cujos usos e costumes a prece- dem em muito e que está pouco se lixando para a pessoa em questão.
Breve: Sofia Coppola nos fala de uma mulher e de sua alienação. Não a mais famosa, a dos brioches, mas algo que vem de sua condição feminina. É um filme que decepciona na medida em que não entrega os clichês que esperamos. É um filme que entusiasma justamente porque se desvia com classe desses clichês.


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