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Vagando
no umbral
HELOISA SEIXAS
Por onde andará, agora?
Em que caminhos estará
perdida, os olhos fechados,
o peito opresso, as mãos
imateriais tateando o vazio?
Cruzará, talvez, os caminhos do umbral, onde presenças assombradas vão
cercá-la e vozes lhe soprarão ao ouvido as piores recriminações? Quem sabe?
Mas talvez não. Talvez
seu corpo machucado já a
tenha purificado e ela possa
estar pronta para abrir os
olhos. Talvez possa, assim,
ver surgir das sombras o tecido translúcido de um espírito amigo, que a conduzirá para a luz.
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