da Reportagem Local

No dia 7 de julho a Rede Record promete estrear sua nova programação. Se tudo der certo, Boris Casoy apresenta a partir dessa data o "Jornal da Record" e a emissora põe no ar outro projeto: um telejornal matinal para brigar com o "Bom Dia Brasil", da Rede Globo.
Para o novo programa, a Record importou dos EUA dois helicópteros dotados de cinco câmeras e um "link" (equipamento de transmissão para a sede da emissora). O telejornal terá dois repórteres literalmente no ar e um apresentador que ficará no estúdio.
Segundo Eduardo Lafon, 49, diretor de programação e operações da Record, a maior parte do tempo será ocupada pelo material transmitido dos helicópteros. E eles não ficarão só em São Paulo, vão também operar em outras cidades.
O novo telejornal vai ser apresentado a partir das 7h30. Com isso a programação evangélica -que ia até as 9h- perde espaço.

Expansão
A nova programação e a chegada de Boris Casoy coincidem com a expande sua rede de emissoras da Record pelo país. Só neste ano, a Record investiu US$ 6 milhões em equipamentos e pelo menos US$ 24 milhões na aquisição de seis novas emissoras, segundo Lafon.
Uma das novidades tecnológicas é o sistema de computação gráfica da Silicon Graphics, que custou US$ 1 milhão. Ele permitirá a criação de novas vinhetas e aberturas.
"O equipamento possibilita a construção de cenários virtuais e irá modernizar o nosso visual" diz Lafon, que espera colocá-lo em uso nos próximos dez dias.
Com o objetivo de ter emissoras próprias em todo o país, a Record pulou de três geradoras, há cinco anos, para as atuais 38 emissoras, entre afiliadas e próprias.
Entre maio e junho deste ano, entraram no ar as geradoras de Belém, São Luís, Cuiabá e Salvador. Juiz de Fora (MG) e Campos (RJ), entram na rede em julho. Porto Alegre, Recife e Fortaleza, onde ainda operam retransmissoras, são os próximos alvos.
"Acredito que a vinda do Boris contribuirá muito para a expansão da emissora", diz Lafon. Espera-se a transferência para a Record dos anunciantes que fizeram do "TJ Brasil" o segundo maior faturamento do SBT.
A Record começou a negociar a contratação de Boris Casoy há cerca de três meses. A emissora convidou o apresentador depois de ouvir boatos de que ele estaria insatisfeito no SBT.
A independência foi um dos pontos negociados durante esses três meses. Segundo um dos dirigentes da igreja, o perfil de Casoy se enquadra na linha editorial pretendida pela Record.
Esse mesmo dirigente afirmou que a Record -e a igreja- estarão satisfeitos se Casoy mantiver a atuação que teve até hoje. (CC)