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Música Nova traz Quarteto Arditti
Conjunto de câmara dedicado à música contemporânea toca em evento, que acontece de 23/8 a 13/9
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um dos principais conjuntos
europeus de câmera dedicados
à música contemporânea, o
Quarteto Arditti, é a grande
atração do Festival Música Nova deste ano. Fundado em 1962
pelo compositor Gilberto Mendes, o Música Nova é o mais tradicional evento da América Latina dedicado ao repertório dos
séculos 20 e 21, e acontece em
São Paulo e em Santos, de 23 de
agosto a 13 de setembro.
Criado em 1974, pelo violinista inglês Irvine Arditti, e dono de uma premiada discografia, o grupo toca o quinto quarteto de cordas do compositor
britânico Brian Ferneyghough,
64, conhecido pela extrema
complexidade de suas obras.
Além disso, traz na bagagem
composições de três brasileiros. "O Arditti vai tocar peças
do Flo Menezes e de dois autores brasileiros radicados no Exterior: Felipe Lara e Alexandre
Lunsqui", anuncia Lorenzo
Mammì, diretor executivo do
festival.
Ambicioso, o evento almeja
trazer ainda ao Brasil o francês
Pierre Henry, que está comemorando seu 80o aniversário.
Henry atuou com Pierre
Schaeffer (1910-1995) em Paris, em 1949, nos primórdios da
música concreta, e se destacou
por trabalhos em conjunto
com o também octogenário coreógrafo e dançarino Maurice
Béjart, como "Orphée", "Messe
pour le Temps Présent" e "Nijinsky, Clown de Dieu".
Caso a vinda de Henry se
confirme, ele faria duas apresentações no Auditório Ibirapuera. Os demais concertos
acontecem nas unidades Vila
Mariana e Consolação do Sesc,
em São Paulo; e no Coliseum,
em Santos.
Vanguarda portuguesa
Outra atração internacional
de destaque é o luso Emanuel
Nunes, 65, professor de música
no Conservatório de Paris, e
um dos principais compositores portugueses da atualidade.
De caráter assumidamente
vanguardista, a música de Nunes será executada pelo Ensemble L'Itineraire, da França;
o compositor também ministra
um workshop.
"A idéia é otimizar a vinda
desse pessoal ao Brasil", explica
Mammì. Ainda na parte pedagógica, o evento terá, na União
Cultural Brasil-Estados Unidos, um curso de computação e
música, com professores da
universidade norte-americana
de Stanford.
A existência de um braço didático é uma das novidades da
edição 2007 do Música Nova. A
outra é a criação de um grupo
que leva o nome do festival, o
Ensemble Música Nova, com a
finalidade de apresentar composições brasileiras novas, ou
pouco difundidas.
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