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Atriz migra para palco "nobre"
DA REPORTAGEM LOCAL
Fernanda D'Umbra, 34, é dona
de trajetória no mínimo inusitada
para fazer parte do elenco de "As
Mulheres da Minha Vida".
Quem diria que a atriz e produtora do grupo Cemitério de Automóveis contracenaria um dia com
Antonio Fagundes e seria dirigida
por Daniel Filho?
Ninguém.
Casada com o ator e dramaturgo Mário Bortolotto, que já figura
na lista de autores interpretados
por Raul Cortez, D'Umbra deu a
volta no quarteirão da praça Roosevelt e foi pisar no palco nobre
do teatro Cultura Artística.
"Saí do espaço acolhedor do
grupo Os Satyros, que tem catalisado as produções independentes, também com o Cemitério, e
fui parar no Cultura Artística, que
é o símbolo do teatro mainstream, de mercado."
No papel de Diana -moça interiorana e par do protagonista
George, inicialmente deslocada,
mas que passa por transformações e até consegue um amante-
, D'Umbra tomou um choque de
proporções.
"Quando faço uma piada, tenho
de esperar 1.200 pessoas pararem
de rir. Foi o que mais estranhei.
Tem de falar e se movimentar de
outro jeito, demonstrar intimidade com Fagundes a quatro metros
dele e convencer o público disso."
Natural de São José do Rio Preto
(SP) e radicada na capital há 16
anos, D'Umbra pertence à geração anos 90 de atrizes que "ralam"
para erguer uma produção barata
e, à noite, devem vir com encanto
e magnetismo em cena.
Como agora, na mostra de férias do Cemitério em cartaz no espaço cênico Ademar Guerra, o
"porão" do Centro Cultural São
Paulo. Das 12 peças, ela atua em
quatro. "O outro lado do quarteirão é diferente, mas é teatro. Sou a
mesma Fernanda, com o mesmo
amor pelo teatro."
(VS)
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