São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2005

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Atriz migra para palco "nobre"

DA REPORTAGEM LOCAL

Fernanda D'Umbra, 34, é dona de trajetória no mínimo inusitada para fazer parte do elenco de "As Mulheres da Minha Vida".
Quem diria que a atriz e produtora do grupo Cemitério de Automóveis contracenaria um dia com Antonio Fagundes e seria dirigida por Daniel Filho?
Ninguém.
Casada com o ator e dramaturgo Mário Bortolotto, que já figura na lista de autores interpretados por Raul Cortez, D'Umbra deu a volta no quarteirão da praça Roosevelt e foi pisar no palco nobre do teatro Cultura Artística.
"Saí do espaço acolhedor do grupo Os Satyros, que tem catalisado as produções independentes, também com o Cemitério, e fui parar no Cultura Artística, que é o símbolo do teatro mainstream, de mercado."
No papel de Diana -moça interiorana e par do protagonista George, inicialmente deslocada, mas que passa por transformações e até consegue um amante- , D'Umbra tomou um choque de proporções.
"Quando faço uma piada, tenho de esperar 1.200 pessoas pararem de rir. Foi o que mais estranhei. Tem de falar e se movimentar de outro jeito, demonstrar intimidade com Fagundes a quatro metros dele e convencer o público disso."
Natural de São José do Rio Preto (SP) e radicada na capital há 16 anos, D'Umbra pertence à geração anos 90 de atrizes que "ralam" para erguer uma produção barata e, à noite, devem vir com encanto e magnetismo em cena.
Como agora, na mostra de férias do Cemitério em cartaz no espaço cênico Ademar Guerra, o "porão" do Centro Cultural São Paulo. Das 12 peças, ela atua em quatro. "O outro lado do quarteirão é diferente, mas é teatro. Sou a mesma Fernanda, com o mesmo amor pelo teatro." (VS)


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