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TELEVISÃO
Crítica
Altman usa o rádio para mostrar beleza das pessoas
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Para hoje, temos dois Hitchcocks à tarde: "Ladrão de Casaca" e "Psicose" (TC Cult,
13h45, livre, e 18h05, 14 anos,
respectivamente). À noite, dois
filmes com Clint Eastwood:
"Sem Medo da Morte" e "Desafio das Águias" (TCM, 22h
e 23h45; ambos 12 anos).
Mas é com "A Última Noite" (TNT, 0h40; livre) que prefiro ficar. Por uma razão: o filme nem me impressionou tanto assim quando o vi no cinema.
É o último de Robert Altman,
em que um grupo de artistas se
prepara para a última emissão.
É um encontro melancólico,
meio enevoado, de pessoas
simpáticas cujos melhores dias
talvez já tenham passado, cujos
gostos, humor, músicas, veículo (rádio) e até anúncios talvez
não sintonizem o público do
presente, são descartáveis.
Altman nos lembra, porém,
que não existe lata de lixo da
história, no caso: pessoas são
sempre belas e preciosas.
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