São Paulo, sexta-feira, 21 de agosto de 2009

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Empresários alinhavam adesão

DA REPORTAGEM LOCAL

Na noite de anteontem, Milu Vilela, herdeira do Banco Itaú e presidente do Itaú Cultural, abriu as portas de sua casa para um jantar regado a Lei Rouanet. No encontro, estavam o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o secretário-executivo da pasta, Alfredo Manevy, e dez dos empresários que mais investem em cultura por meio do mecanismo de renúncia fiscal - que movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano.
No convescote, que reuniu os presidentes de grupos como Gerdau, Votorantim e Santander, foi alinhavado um pacto que, se vingar, tornará possível uma mudança profunda na lei. Os empresários se comprometeram a colocar recursos próprios em todos os projetos culturais incentivado, ou seja, a oferecer a chamada "contrapartida privada" ao dinheiro público.
Apesar de idealizada como forma de mobilizar o empresariado para o mecenato, a lei jamais alcançou tal propósito. Raras foram as empresas que complementaram os orçamentos de projetos apoiados pela lei com dinheiro tirado do próprio bolso. As assinaturas angariadas no jantar sinalizam uma mudança de prumo.
O documento, que deve vir a público na semana que vem, tem também o objetivo de dissipar, entre artistas e produtores, o temor de que o novo projeto da lei, que deve ser encaminhado ao Congresso em breve, afugente os patrocinadores. Como sobremesa, discutiu-se, ainda, a criação de novos mecanismos para que empresas pequenas e médias sejam atraídas para o patrocínio. (APS)


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