|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
saiba mais
Empresários alinhavam adesão
DA REPORTAGEM LOCAL
Na noite de anteontem,
Milu Vilela, herdeira do
Banco Itaú e presidente do
Itaú Cultural, abriu as portas de sua casa para um
jantar regado a Lei Rouanet. No encontro, estavam
o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o secretário-executivo da pasta, Alfredo Manevy, e dez dos empresários que mais investem em cultura por meio
do mecanismo de renúncia fiscal - que movimenta
cerca de R$ 1 bilhão por
ano.
No convescote, que reuniu os presidentes de grupos como Gerdau, Votorantim e Santander, foi alinhavado um pacto que, se
vingar, tornará possível
uma mudança profunda
na lei. Os empresários se
comprometeram a colocar
recursos próprios em todos os projetos culturais
incentivado, ou seja, a oferecer a chamada "contrapartida privada" ao dinheiro público.
Apesar de idealizada como forma de mobilizar o
empresariado para o mecenato, a lei jamais alcançou tal propósito. Raras
foram as empresas que
complementaram os orçamentos de projetos apoiados pela lei com dinheiro
tirado do próprio bolso. As
assinaturas angariadas no
jantar sinalizam uma mudança de prumo.
O documento, que deve
vir a público na semana
que vem, tem também o
objetivo de dissipar, entre
artistas e produtores, o temor de que o novo projeto
da lei, que deve ser encaminhado ao Congresso em
breve, afugente os patrocinadores. Como sobremesa, discutiu-se, ainda, a
criação de novos mecanismos para que empresas
pequenas e médias sejam
atraídas para o patrocínio.
(APS)
Texto Anterior: Ex-ministro inscreve projeto na Lei Rouanet Próximo Texto: "Não sei, fale com Flora", repete Gil, ao ser perguntado sobre o projeto Índice
|