da Agência Folha, em Bandeirantes

A última ação dos ladrões de peças sacras ocorreu no mês passado, quando dois deles tentaram levar 170 peças sacras que estavam guardadas em uma caixa no quintal de uma casa em Bandeirantes, distrito a 10 km de Mariana (MG).
Quem impediu o roubo foi a servente Cecília da Silva Oliveira, 52, que, ao desconfiar dos homens que a procuraram se passando por emissários de um padre de Ouro Preto, disse que as peças tinham sido levadas para Mariana.
Quando ficou claro que se tratava de impostores, a polícia foi chamada, mas os ladrões conseguiram fugir.
O tesouro era guardado secretamente pelo marido de Cecília, Geraldo Timóteo de Oliveira, há pelo menos dez anos, em uma grande caixa, que ficava dentro de um quarto nos fundos de sua casa. As peças saíam do quarto duas vezes por ano para cerimônias religiosas.
Geraldo morreu em junho sem revelar o segredo até mesmo para o atual padre de Bandeirantes, Lauro Versiani Barbosa.
Entre as peças, há uma estátua de Santana Mestra com cerca de um metro de altura, cujo valor varia de R$ 100 mil a R$ 200 mil, segundo especialistas ouvidos pela Agência Folha.
Após a tentativa de roubo, o acervo foi transferido para o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, onde foi feita a limpeza das peças e será providenciado o seu inventário, pois nenhuma delas tinha qualquer registro que permitisse sua identificação em caso de roubo.



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