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2ª fase de "Lost" explora tensão entre o grupo
Caixa de DVD reúne os episódios da segunda temporada da série; canal pago AXN exibe reprise dos últimos capítulos
Há 40 dias presos numa ilha, sobreviventes conhecem organização misteriosa e passam a disputar controle do grupo e de armamento
TEREZA NOVAES
DA REPORTAGEM LOCAL
No princípio, eram apenas os
ursos polares. Por que um urso
polar habitaria uma ilha "deserta" no meio do Pacífico? Foi
um dos primeiros enigmas da
primeira temporada da série
"Lost". Os sobreviventes da
queda do vôo 815 entre Sydney
e Los Angeles enfrentam muitos outros na segunda temporada, que acaba de sair em DVD
(R$ 155) e está em reprise no
canal AXN (segundas, às 21h).
Os ursos não aparecem -e
também não se sabe por que
surgiram-, mas um cavalo negro é visto por pelo menos dois
personagens, Kate e Sawyer.
Alucinação coletiva? O sucesso de "Lost" tem a ver com o
vale-tudo de interpretações para a história que mistura "flashbacks" da vida dos sobreviventes e o dia-a-dia deles na ilha.
Estarão mortos? Ou em um
purgatório? São eles cobaias de
uma experiência científica? Ou
delírio da cabeça de um maluco? Não há resposta definitiva
para nenhuma das hipóteses.
Construídos para confundir,
os episódios geralmente induzem a interpretações equivocadas. E (algumas) explicações
vêm depois; às vezes, muitos
capítulos depois.
É por isso que rever a série
tem um gostinho de primeira
vez, como remontar um quebra-cabeça com peças que antes estavam faltando.
Para quem nunca assistiu,
perdeu partes ou quer se preparar para a estréia de Rodrigo
Santoro na terceira temporada,
alguns capítulos começam com
"Previamente em "Lost'", que
dão os rumos da história. Além
dos 24 episódios, a caixa traz
bônus -a melhor atração é "O
Mundo Segundo Sawyer", que
reúne ótimas tiradas.
Sobre o enredo: no início da
segunda temporada os sobreviventes estão há mais de 40 dias
na ilha. O possível resgate e a
fuga, que deram ritmo à primeira temporada, dão lugar a
um certo conformismo. A convivência fica difícil e começam
disputas pela liderança e pelo
controle do armamento.
Há novos sobreviventes, um
amigo imaginário (ou não) de
Hurley, um veleiro... E o bizarro projeto Dharma, instituição
(ou seita?) que mantém abrigos
na ilha e sobre a qual sabemos
muito pouco de fato.
Mas, para além dos enigmas,
as relações entre os personagens nas idas e vindas no tempo
parecem ser a chave de tudo:
"Nos vemos em outra vida".
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