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Crítica
"Bananas..." vê Carmen Miranda com elegância
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Com a respeitável exceção de
Pelé, Carmen Miranda é, possivelmente, a personalidade brasileira mais conhecida no mundo inteiro. E Pelé, com todo
respeito, está longe de carregar
a carga simbólica de Carmen.
Aliás, haja carga: bananas,
saia rodada, balangandãs, saltos plataforma, combinações
de cor berrantes etc. etc. Carmen era uma alegoria da cabeça
aos pés, literalmente.
É dessa figura que Helena
Solberg procura dar conta, munida de bons documentos, em
"Bananas Is my Business"
(Canal Brasil, 19h30). É verdade que, de algum modo, não
consegue dar conta. Mas a personagem é vasta. Só as histórias
envolvendo sua volta ao Brasil
("americanizada") e sua morte
já bastariam.
Solberg pratica as virtudes
da elegância e da discrição
-pouco valorizadas hoje em
dia, é verdade. É gentil com sua
biografada. Não desvenda seus
segredos. Nem há necessidade.
Hoje ainda: "No Tempo das
Diligências" (MGM, 22h), de
John Ford. Será que precisa recomendar?
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