São Paulo, terça-feira, 21 de setembro de 2010 |
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Museu de grandes novidades
Nicholas Serota, diretor da Tate Modern, comenta o sucesso da instituição, a mais visitada do mundo, e anuncia ampliação até 2012
FABIO CYPRIANO ENVIADO ESPECIAL A LONDRES Em maio passado, a Tate Modern, de Londres, comemorou seus dez anos com um fato inédito: transformou-se na instituição de arte com maior número de visitantes por ano, em comparação a outras com o mesmo tipo de acervo. Ela tem, anualmente, 5 milhões de visitantes, contra o Centro Pompidou, em Paris (3,5 milhões), e o MoMA, de Nova York (2,8 milhões). Parte desse sucesso se deve a seu diretor, Sir Nicholas Serota, 64, que conseguiu viabilizar a nova sede com um programa arrojado, alavancado pelas grandes instalações no Turbine Hall. Há 22 anos diretor da instituição, ele agora prepara a ampliação da Tate Modern, novamente com a dupla de arquitetos Herzog & de Meuron, planejada para ter sua primeira parte inaugurada em 2012, por ocasião das Olimpíadas. Hoje, Serota está em São Paulo, por conta da 29ª Bienal de São Paulo, que abre suas portas ao público no próximo sábado. Há duas semanas, ele fez um balanço à Folha, em seu escritório, na Tate Britain, do sucesso do museu:
Folha - A Tate Modern completou dez anos. Qual o impacto do museu na cidade?
Nicholas Serota - O principal impacto foi mudar o lugar das artes visuais na cultura da Inglaterra. Por anos,
costumávamos dizer que tínhamos bons artistas, mas
eles não faziam parte do discurso cultural. Éramos vistos
como um país forte em literatura, teatro e música, mas, tirando Turner, Constable e,
talvez, Henry Moore, as artes
visuais não eram aparentes.
A criação da Tate Modern decididamente alterou isso.
Folha - A existência de um espaço como o Turbine Hall ajudou a transformar a Tate num
lugar de encontros? |
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