São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

CRÍTICA SÉRIE

Transposição temporal torna a nova minissérie da Globo um tanto ingênua

BIA ABRAMO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

É caprichada a produção de "As Cariocas", minissérie que estreou na última terça-feira na Globo baseada nas crônicas de Sérgio Porto.
No horário tardio das 23h, logo em seguida à sem-gracice galopante de "Casseta & Planeta Urgente!", a série combina paisagens de bairros do Rio e micro-histórias de personagens femininos.
No primeiro episódio, Alinne Moraes foi "A Noiva do Catete", uma mulher com vida para além de dupla -noiva de um paraplégico, ela mantém um caso antigo com um homem mais velho que a sustenta e começa um "affair" com um garotão.
Mesmo com a direção segura de Daniel Filho, o episódio sofre, no entanto, com a pobreza das interpretações, à exceção de Ângelo Antônio. Além disso, há alguma ingenuidade nessa transposição de histórias escritas nos anos 1960, pré-revolução sexual, diretamente para os anos 2000, pelo menos nesse primeiro episódio.
O tema da dupla moral, tão caro a Nelson Rodrigues e ainda presente nessas histórias de Sérgio Porto, precisaria ter sido atualizado de maneira mais convincente.

NA TV

As Cariocas
Minissérie
QUANDO terças, às 23h, na Globo
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO regular


Texto Anterior: Televisão/Outro Canal - Keila Jimenez: Vazio, "Busão" da Band não fará nova viagem
Próximo Texto: Melhor do dia
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.