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Yoko Ono, em Brasília, quer
falar com "outros planetas"
DANIELA FALCÃO
da Sucursal de Brasília
Menos de 48 horas depois de ter
pisado no Brasil pela primeira vez,
a artista plástica Yoko Ono, 65,
concluiu que Brasília é o palco
ideal para a realização de contatos
extraterrestres.
"É muito interessante o espaço
aberto daqui, o céu fica mais perto
das pessoas. Algo me diz que Brasília é o tipo de lugar em que,
eventualmente, teremos diálogos
com outros planetas", disse Yoko
em entrevista à Folha. A viúva de
John Lennon veio a Brasília para a
abertura da exposição "Árvores
do Desejo para o Brasil" -a primeira na América do Sul.
Yoko aproveitou para falar sobre
o lançamento da caixa com quatro
CDs de gravações inéditas de Lennon, que traz comentários e imitações que John fazia de seus
ex-companheiros dos Beatles,
além da primeira gravação de
"Imagine", em 1971.
Folha - Após 40 anos de vida artistica, a sra. ainda fica ansiosa na
véspera de uma exposição?
Yoko Ono - Se alguém diz alguma coisa ruim sobre mim, fico magoada. Mas não me preocupo mais
tanto com isso. Se me preocupasse
com os críticos, teria parado de
trabalhar há muito tempo. Só continuo criando porque acho que
meu trabalho está diretamente conectado às pessoas, não a eles.
Folha - A sra. já foi militante do
movimento feminista e da luta pela libertação do Tibete, mas ultimamente tem atuado menos...
Yoko -Há outras maneiras de
ajudar, em vez de interferir politicamente. Acho que as violações de
direitos humanos devem ser combatidas pela própria sociedade em
que elas acontecem. É muito perigoso pessoas de fora interferirem.
A não ser que haja um pedido de
ajuda da população envolvida.
Quando isso acontece, muitas vezes eu ajudo.
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