São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2008

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Crítica/"Scar 3D"

Horror faria feio em festivais universitários

SÉRGIO RIZZO
CRÍTICO DA FOLHA

Há quem acredite que o futuro das salas de cinema envolverá a sedução do grande público por exibições em 3D. Nos EUA, o circuito adaptado para esse fim já é bem significativo. Se e quando o fenômeno ocorrer, filmes como "Scar 3D - A Marca do Mal" serão lembrados como a pré-escola do gênero.
O deslumbramento com a tecnologia, que se manifesta no cinema sempre que uma nova patente industrial é registrada, tem outro pecado dos crentes no reinado da técnica: a de que só ela basta. Para que atores, argumento, desenvolvimento de roteiro e um diretor com noções que vão além de clichês?
Neste horror que faria feio em festivais universitários, as atrações se resumem a ver em 3D o que os fãs do gênero conhecem há muitos Halloweens: poças de sangue, pescoços cortados, torturas sádicas e, de olho no público jovem, uma cena de nudez em que a moça dirige à câmera o sutiã -que, então, parece saltar da tela. Uau. Ao voltar à cidade onde foi vítima de um assassino serial, mulher desconfia que uma nova onda de crimes contra adolescentes esteja relacionada ao que lhe aconteceu. As suspeitas aumentam quando o criminoso se aproxima de seus familiares.


SCAR 3D - A MARCA DO MAL
Produção: EUA, 2008
Direção: Jed Weintrob
Com: Angela Bettis, Devon Graye
Onde: a partir de hoje no Bristol 1, Unibanco Arteplex 1 e circuito
Classificação: não indicado a menores de 18 anos
Avaliação: péssimo



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