Erasmo Carlos e Jorge Ben Jor participam; lançamento é hoje

DE SÃO PAULO

Há três meses, Arnaldo Antunes teve a casa onde mora, em Pinheiros, tomada por mais de 200 pessoas.
Cinegrafistas, iluminadores, técnicos de som, músicos e mais de 150 amigos do cantor participaram, trabalhando ou assistindo, das gravações de "Ao Vivo Lá em Casa" -DVD que tem show de lançamento hoje.
A sessão caseira reproduzia basicamente o repertório da turnê de "Iê Iê Iê" (2009), álbum de estúdio mais recente de Arnaldo, que parte da estética da jovem guarda -dos arranjos ao figurino da capa- para emular o clima de rock brasileiro dos 1960.
"A preparação da casa durou um mês", diz. "Os quartos dos meus filhos viraram camarins, o palco foi montado na laje. Tivemos que destelhar boa parte do telhado para as gruas correrem."
Dirigido por Andrucha Waddington, "Ao Vivo Lá em Casa" extrapola e aprofunda o conceito iê-iê-iê de "Iê Iê Iê" -sobretudo pela escalação dos convidados especiais.
Arnaldo chamou Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos, os magos transformadores da jovem guarda em samba rock, para duetos ao vivo.
Erasmo lembrou sua "Sou uma Criança Não Entendo Nada", dos 1970, suingada como nunca foi. Jorge dividiu "As Árvores" e "Cabelo", parcerias dele com o anfitrião.
Por decisão poética, a festa abriu e fechou com o samba "Já Fui uma Brasa" -primeiro com o grupo Demônios da Garoa, e repetido depois na voz do próprio Arnaldo.
"Eu gosto dos meninos deste tal de iê-iê-iê porque com eles canta a voz do povo/ E eu, que já fui uma brasa, se assoprarem posso acender de novo", diz a letra de Adoniran Barbosa. "Ao Vivo Lá em Casa" chegou para assoprar.
(MP)