São Paulo, sábado, 21 de novembro de 1998

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WILL SELF

"(...) A máxima de (meu amigo) Ben quanto às drogas era "pouco, mas frequente'. Ele constantemente fumava um pouco de haxixe e cheirava algumas linhas de anfetamina. (...) No imbróglio de ácido, speed, heroína, haxixe, cocaína, filosofia, juventude, literatura, protesto político, sexo, amizade e dança, a cabeça de Ben esfiapou. (...) Vi Ben esporadicamente depois disso, principalmente depois que ele passou a interpretar o mundo por meio do "Livro do Apocalipse'.
Ele carregava uma "Bíblia' de bolso -de capa de couro- até onde me lembro -onde quer que fosse. (...)
Como muitas pessoas que estão se aproximando do abismo da psicose, Ben encontrou no "Apocalipse' um desagradável, iminente nível de identificação; um ponto aparentemente fixo ao redor do qual cada frágil psique poderia orbitar e depois se romper (...)."
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Trecho de introdução do "Apocalipse" escrita por Will Self





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