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Crítica
Hawks busca na TV matriz de "Onde Começa..."
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Howard Hawks foi fazer
"Onde Começa o Inferno"
(TCM, 23h45) depois de morar
algum tempo na Europa, após o
fracasso de "Terra dos Faraós".
Ao voltar, deparou-se com um
fenômeno que o fascinou: o sucesso das séries de TV.
Sua idéia (ou uma delas) ao
fazer seu novo filme passou, assim, por resgatar a estrutura
das séries: tratava-se de preservar o interesse dos espectadores a partir do desenvolvimento dos personagens, e não da
história propriamente dita.
Hawks já fazia isso, na verdade. O novo filme, de 1959, apenas serviu para radicalizar essa
estrutura (o que levaria às últimas conseqüências a seguir,
em "Hatari!"). Também a escolha de Ricky Nelson, como terceiro herói (ao lado de John
Wayne e Dean Martin) tem a
ver com o sucesso das séries
-além de seu êxito como cantor, é claro.
Se buscou inspiração na TV,
Hawks não abriu mão do estilo
seco, sem firulas, de câmera à
altura do homem, isto é, sem
nunca convocar Deus.
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