São Paulo, sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

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Crítica

Hawks busca na TV matriz de "Onde Começa..."

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Howard Hawks foi fazer "Onde Começa o Inferno" (TCM, 23h45) depois de morar algum tempo na Europa, após o fracasso de "Terra dos Faraós". Ao voltar, deparou-se com um fenômeno que o fascinou: o sucesso das séries de TV.
Sua idéia (ou uma delas) ao fazer seu novo filme passou, assim, por resgatar a estrutura das séries: tratava-se de preservar o interesse dos espectadores a partir do desenvolvimento dos personagens, e não da história propriamente dita.
Hawks já fazia isso, na verdade. O novo filme, de 1959, apenas serviu para radicalizar essa estrutura (o que levaria às últimas conseqüências a seguir, em "Hatari!"). Também a escolha de Ricky Nelson, como terceiro herói (ao lado de John Wayne e Dean Martin) tem a ver com o sucesso das séries -além de seu êxito como cantor, é claro.
Se buscou inspiração na TV, Hawks não abriu mão do estilo seco, sem firulas, de câmera à altura do homem, isto é, sem nunca convocar Deus.


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