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Crítica
Por trás de uma loura há sempre um grande diretor
PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Claudia Cardinale é a melhor
de todas, e há desde Rita
Hayworth a Halle Berry e
Maggie Cheung, mas é fato que
as louras sempre tiveram uma
presença e tanto na tela. Talvez
pela luminância da cor mesmo,
já que o cinema é arte da luz.
Parece um dado, também,
que por trás de uma boa loura
há um grande diretor. A melhor
aparição de Kim Novak, por
exemplo, se deu na obra-prima
"Um Corpo que Cai" (Film &
Arts, 13h), de Alfred Hitchcock,
bem destro com aquelas de
cabelo claro.
Billy Wilder, que embelezou
até a sem sal Jean Arthur em
"A Mundana", deu a Marilyn
Monroe algumas de suas melhores atuações, como em "O
Pecado Mora ao Lado"
(TCM, 22h).
Essa tese se confirma no filme "Em Carne Viva" (TNT,
22h). Meg Ryan é loura aguada,
mas até que bem apanhadinha.
A fraca Jane Campion, contudo, não conseguiu tirar nada da
atriz, nem apelando para cenas
de sexo mais ardidas. A beleza
está nos olhos de quem vê -no
caso, os do diretor.
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